Cinco coisas que você nunca deve fazer com o câmbio CVT do seu scooter
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Os scooters estão se popularizando no Brasil como uma opção de mobilidade urbana. Prático, econômico e fácil de pilotar, por causa da transmissão automática CVT, esse tipo de moto está vendendo cada vez mais. Em 2019, as vendas de scooters cresceram 43,8% em comparação ao ano anterior, atingindo o recorde histórico de 96.577 unidades.
Além da praticidade do porta-objeto sob o banco, para carregar as tralhas do dia a dia, os scooters também atraem muita gente pois basta acelerar e frear. Afinal, a transmissão CVT não tem embreagem e nem pedal de câmbio.
O tal câmbio automático, chamado de CVT (transmissão continuamente variável), é composto por correia, roletes e polias que levam a força do motor para as rodas e controlam a aceleração. Outra vantagem é que proprietário de um scooter não precisa se preocupar em ajustar e lubrificar a corrente, como nas motocicletas. Porém, o CVT exige alguns cuidados.
Visto que muitos condutores de scooter são estreantes no mundo das duas rodas, a manutenção e a forma de uso desse câmbio ainda geram dúvidas. Por inexperiência, muitos acabam negligenciando a manutenção ou forçando a transmissão.
Conversamos com Glauco Cavalini, gerente de serviços ao cliente da Honda, para elaborar essa lista com cinco atitudes que podem comprometer a durabilidade e a eficiência do câmbio CVT do seu scooter; confira.
1 - Arrancar com tudo
Alguns motociclistas arrancam no semáforo como se estivessem no grid de uma corrida da MotoGP. Não faça isso com seu scooter. Ele até larga na frente de outras motocicletas, mas se você acelerar tudo de uma vez nas arrancadas vai comprometer a durabilidade do conjunto. Também não fique acelerando o scooter enquanto estiver parado, isso aumenta a temperatura do conjunto e diminui a vida útil do CVT.
A primeira dica do especialista da Honda, Glauco Cavalini, é ter suavidade na condução. "Não precisa girar todo o acelerador. Acelere progressivamente. Isso vai fazer o CVT durar mais e manter o funcionamento adequado por mais tempo" diz Glauco. Tentar empinar então, nem pensar!
2 - Atravessar enchente
Nunca passe por áreas alagadas ou atravesse um rio com seu scooter. O conjunto do CVT - polias, roletes e correia - trabalha a seco. Se você passar por uma enchente, água e sujeira podem entrar no sistema comprometendo o funcionamento e prejudicando a durabilidade do câmbio. "O sistema é vedado, mas foi projetado para proteger da chuva e de poças d'água. Se ficar submerso, a água pode estragar os roletes e as polias", alerta Cavalini.
Outro risco para qualquer tipo de moto é entrar água no motor. Nos scooters, que geralmente têm rodas pequenas, esse risco é ainda maior. A água pode entrar pelo filtro de ar e causar calço hidráulico no cilindro e pistão. Portanto, se topar com um alagamento, pare o scooter e espere a água baixar.
3 - Forçar a aceleração
Projetados principalmente para o uso urbano, os scooters menores não têm velocidade final muito alta - o Honda PCX 150, por exemplo, chega a 120 km/h. Se você ficar acelerando "no talo", ou seja com o acelerador aberto no máximo, pode também danificar o conjunto de transmissão CVT.
Um sintoma de que o CVT está com problemas é a redução da velocidade máxima do scooter. Se antes seu scooter ia até 120 km/h, por exemplo, mas agora não passa de 100 km/h, fique atento. "Isso tem relação direta com o desgaste da correia e das polias", explica o especialista da Honda. Quando isso acontecer, leve seu scooter à concessionária ou ao seu mecânico de confiança para realizar uma inspeção do sistema.
4 - Instalar "kits esportivos"
Nas redes sociais, é comum motociclistas procurarem conjuntos de polias e roletes mais esportivos que prometem melhorar o desempenho. "Não recomendamos a instalação de nenhuma peça diferente da original, que foi submetida a testes e foi aprovada para aquele modelo", alerta Cavalini.
Sem entrar no mérito se os kits esportivos melhoram ou não o desempenho, o fato é que instalar um kit que não seja original, ou dentro das especificações do modelo, faz você perder a garantia do scooter - se ainda estiver no prazo dado pela fábrica - e prejudica a durabilidade. Nos scooters, vale a mesma regra de outros componentes: melhor desempenho, menor durabilidade.
5 - Deixar de fazer limpeza e manutenção
Por último, Glauco Cavalini, da Honda, afirma que a melhor forma de cuidar do CVT do scooter é seguir o plano de manutenção, contido no Manual do Proprietário. "Em geral, é preciso fazer inspeção e limpeza do conjunto de transmissão do scooter a cada 12 mil quilômetros, e a correia dentada deve ser substituída, a cada 24 mil quilômetros", ensina ele.
A inspeção e a limpeza são necessárias para evitar que alguma sujeira cause um desgaste excessivo e prematura dos componentes, e a troca da correia é fundamental para manter o bom desempenho e funcionamento do CVT do seu scooter.
Se a velocidade final cair; ou o scooter demorar em arrancar quando você acelerar; e até se houver algum ruído estranho no conjunto, leve seu scooter à concessionária - ou à sua oficina de confiança - para realizar a manutenção ao sinal de qualquer problema. Como diz o ditado, "quem cuida tem".
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