Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Lista: 5 motos de série que bateram recorde de velocidade
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Não importa qual a moto que estou pilotando, ao encostar no posto ou fazer uma parada para o almoço, uma pergunta sempre surge: "essa daí, chega a quanto?". Mesmo que não seja o item mais importante sobre uma motocicleta, a velocidade máxima de um modelo é uma dúvida frequente.
Afinal, a velocidade fascina até mesmo quem não é motociclista. Inúmeros automóveis, aviões e outros veículos já ganharam fama por terem batido recordes de velocidade.
Com o lançamento da nova Suzuki Hayabusa, lembrei a disputa que existia entre as fábricas pelo recorde de velocidade máxima, no final dos anos de 1990, quando comecei a trabalhar no setor de duas rodas. A primeira geração da Hayabusa acabara de ser lançada e havia desbancado a Honda CBR 1100XX Blackbird, até então recordista de velocidade entre as motos de série.
Para relembrar as motos que já bateram recorde de velocidade, além da curiosa história do "acordo de cavalheiros" entre as fabricantes, para limitar a velocidade máxima em 300 km/h, elaborei uma lista com cinco modelos que já ostentaram o título de "moto mais rápida do mundo"; confira.
Kawasaki Ninja ZX-11R
Quando chegou ao mercado, no começo dos anos 90, a ZX-11 foi declarada a moto de produção mais veloz do mundo, chegando a 283 km/h de velocidade máxima. O responsável pelo feito era um motor de quatro cilindros em linha, 1.052 cm³ e arrefecimento líquido, que gerava 145 cavalos de potência máxima a 9.400 rpm. Os números podem não impressionar, quando comparados às motos atuais, mas a Ninja ZX-11 era um foguete quando foi lançada.
Honda CBR 1100 XX SuperBlackbird
Apenas cinco anos depois, a Honda apresentou ao mundo a CBR 1100XX Super Blackbird . Embora a "Double X" (Duplo X), como o modelo ficou conhecido, fosse mais uma sport-touring do que uma superesportiva propriamente dita, seu motor de quatro cilindros produzia 134 cv de potência máxima na primeira versão, ainda carburada. Mas foi no modelo 1999, que a Honda adotou a injeção eletrônica de combustível e a cavalaria saltou para 139 cv, o suficiente para levar o modelo a 290 km/h e tomar o título de moto mais rápida do mundo da Ninja ZX-11.
Suzuki GSX 1300R Hayabusa
O reinado da CBR 1100 XX durou pouco. Naquele mesmo ano, a Suzuki apresentou a GSX 1300R Hayabusa, que levava o nome de um falcão peregrino japonês, considerada uma das aves mais rápidas do mundo. Com foco na aerodinâmica e um motor tetracilíndrico de 1.299 cm³ de capacidade, a primeira geração da Hayabusa produzia 178 cv de potência máxima a 9.800 rpm e chegou a 313 km/h, superando, pela primeira vez, a barreira dos 300 km/h.
Aqui que a história fica curiosa. Nos anos seguintes, apesar da mesma configuração, os proprietários e pilotos de teste afirmavam que a Hayabusa não passava dos 300 km/h. Foi então que surgiu a polêmica, até hoje incerta, sobre a adoção de um limitador eletrônico de velocidade.
Diversas fontes afirmam que, no início dos anos 2000, os fabricantes japoneses e europeus, que disputavam o título de moto mais rápida do mundo, resolveram impor a barreira dos 300 km/h a todos os modelos. Tanto que a Kawasaki Ninja ZX-12R, lançada em 2000, não superou esse limite, assim como versões mais recentes da Hayabusa - mesmo sendo mais potentes.
Ducati Panigale V4R
Kawasaki Ninja H2R
Os números superlativos dão uma ideia do que a Kawasaki Ninja H2R é capaz. Com 326 cv de potência, seu motor de quatro cilindros em linha e 1.000 cc conta com um supercharger para chegar a 357 km/h de velocidade máxima! Trata-se da moto de série mais rápida e potente do mundo. Embora seja um modelo de uso exclusivo em pista, a Ninja H2R pode ser encomendada por qualquer mortal que se disponha a pagar os US$ 55 mil dólares (cerca de R$ 300 mil), pedidos pelo modelo nos Estados Unidos.
Mas se os 357 km/h não forem suficientes, ainda é possível "alongar" a relação final da moto e chegar a 400 km/h, como fez o piloto turco Kenan Sofuoglu em 2016, na ponte Ozman Gazi, em Istambul, que tem 2.682 metros de extensão. Mas não tente isso em casa: para conseguir o feito, o piloto profissional contou com pneus especialmente fabricados pela Pirelli para a tentativa, além de um macacão mais resistente.
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