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Vespa faz 75 anos; conheça a história da scooter mais adorada do mundo
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A Vespa completa 75 anos em 2021. Considerada a primeira scooter do mundo, a Vespa foi apresentada em 1946 na Itália pós-segunda Guerra Mundial. Desde então, tornou-se um ícone em duas rodas e objeto de desejo de muitos jovens em todo planeta.
A Piaggio, uma das principais fábricas de aviões italianas, estava praticamente destruída, tal como a economia e as estradas da Itália. Inspirado por Henry Ford, Enrico Piaggio queria criar uma moto barata que estivesse ao alcance de um grande número de potenciais compradores. Já tinha à sua disposição milhares de pequenos motores estacionários, antes utilizados para dar partidas nos aviões do exército fascista e que agora estavam sem utilidade.
Em 1943, ficava pronto o protótipo Moto Piaggio 5 (MP5), apelidado de Paperino - nome do Pato Donald na Itália - em função da sua semelhança com o personagem de Walt Disney. O projeto, entretanto, não agradou ao chefe do Grupo Piaggio. Enrico convidou então o engenheiro aeronáutico Corradino D'Ascanio para redesenhá-lo.
Mas havia um problema, D'Ascanio, o criador do helicóptero, não gostava de motocicletas. Achava-as feias, desconfortáveis, difíceis de pilotar e sujas. Gostava de aviões e decidiu aplicar ao modelo seus conhecimentos de aerodinâmica. Cobriu todo o conjunto com uma carenagem para que a moto lembrasse um avião.
A roda dianteira, fixada por uma bengala apenas, ficava solta pelo lado direito e era inspirada no trem de pouso dos aviões. Para reduzir o barulho e a sujeira o engenheiro colocou o motor junto da roda traseira. O tal motor era dois tempos, tinha um cilindro e atingia a velocidade de 60 km/h.
A moto foi equipada com uma caixa de três marchas, tanque de combustível para cinco litros de gasolina e prometia consumo médio na casa dos 40 km/l. Quando ouviu o barulho do motor, Enrico Piaggio teria exclamado: "Parece uma vespa!".
Foi com esse nome que a motoneta teve sua patente registrada em 1946, chegando ao mercado no mesmo ano, com motor monocilíndrico de 98 cc e cerca de 3,0 cv. O resto é história.
Sucesso instantâneo
Apresentada naquele mesmo ano, ainda em 1946, a Piaggio colocou no mercado 2.484 scooters, produzidos na planta de Pontedera. Esse número virou 10.535 no ano seguinte. A Vespa fez um sucesso instantâneo na Itália, arrasada pela guerra. Afinal, era acessível e econômica. Perfeita para o momento que vivia o país.
O sucesso de vendas nos dois anos seguintes fez com que a marca lançasse um modelo de maior capacidade cúbica já em 1948. O modelo, que substituiu o anterior, contava com motor monocilíndrico dois tempos de 125 cc e manteve o design, mas recebeu um prático bagageiro. Nesse ano, a Vespa bateu a marca de 19.822 unidades produzidas.
Em 1953 chegava ao mercado a versão GS com motor de 145,6 cm³. Além da maior capacidade cúbica, esta Vespa trazia outras melhorias, como o assento mais confortável e o farol embutido na barra do guidão.
Na década de 1950, a Vespa chegou a ter uma breve passagem pelo Brasil. Entretanto, seu auge por aqui aconteceu 30 anos depois, na década de 1980, quando a versão PX 200 passou a ser produzida no País. Para se ter uma ideia do sucesso, mesmo que breve, a Vespa chegou a ser a segunda moto mais vendida do País. Atualmente, as novas safras do scooter chegam ao Brasil por meio de importador independente e preço salgado.
Série comemorativa
Para comemorar o 75º aniversário da Vespa como um verdadeiro ícone do mundo das duas rodas, a Piaggio criou uma nova série especial. Batizada de "Vespa 75", foi criada para os modelos Primavera (com motores de 50, 125 e 150 cc) e GTS (125 e 300 cc). Estará disponível a partir deste mês nas lojas da marca, na Europa e nos Estados Unidos.
O corpo da Vespa 75, todo em aço como sempre, é apresentado em "Giallo 75th", um original amarelo metálico. Desenvolvida especificamente para a nova série como uma interpretação contemporânea dos tons em voga na década de 1940, a cor evoca a herança, o espírito inovador e o estilo amante da moda da Vespa.
Os painéis laterais e o para-lamas dianteiro exibem o número 75 em um tom um pouco mais forte. Criando assim um efeito tom sobre tom discretamente elegante, que se repete na frente da scooter, onde a tradicional "gravata" é pintada em amarelo opaco.
A scooter comemorativa também traz assento em couro nobuk especial em cinza claro, aros das rodas pintados em cinza com acabamento em diamante e uma série de detalhes cromados, incluindo os enfeites da "gravata", o emblema no para-lama dianteiro, a capa do escapamento e os retrovisores.
O bagageiro traseiro, outra característica diferenciada da Vespa 75, também é cromado: ele abriga uma bolsa redonda cujo formato reproduz o típico porta-estepe. Feita de couro nobuck aveludado e macio da mesma cor da sela, a bolsa tem uma alça de ombro para facilitar o transporte e clipes no bagageiro com um mecanismo de liberação rápida.
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