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Nova Suzuki GSX-S 1000 tem 152 cv, mais eletrônica e design ousado; conheça
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A Suzuki revelou em seu salão virtual a nova geração da GSX-S 1000 nesta segunda-feira (26 de abril). A moto naked recebeu melhorias no motor, um completo pacote tecnológico de assistências ao piloto e design ousado, com linhas angulosas e iluminação toda em LED.
Embora mantenha o porte musculoso na parte dianteira, basta pôr os olhos no novo conjunto óptico com LEDs hexagonais empilhados para perceber que se trata de uma nova geração da naked esportiva. O desenho lembra os robôs "Transformers" e parece ser tendência entre as nakeds japonesas, a exemplo da nova Yamaha MT-09.
As poucas carenagens ganharam ângulos retos e contribuem para o visual robótico do modelo. O tanque teve sua capacidade aumentada para 19 litros, aumentando assim a autonomia. A postura agressiva com a massa concentrada na parte dianteira da naked é reforçada pela traseira minimalista, e a curta ponteira de escape - bem mais harmoniosa que a do modelo anterior.
Motor revisto
Derivado da superesportiva GSX-R 1000, o motor de quatro cilindros, 999 cm³, DOHC e 16 válvulas foi totalmente revisto. As mudanças internas passam pela câmara de combustão, novas molas das válvulas, uma embreagem inédita e um sistema de exaustão mais eficiente.
As alterações tiveram como objetivo mais atender às novas regras de emissão de poluentes Euro 5 do que melhorar o desempenho. Tanto que a potência aumentou pouco: passou de 150 cv a 10.000 rpm para 152 cavalos mas a 11.000 giros.
Já o torque máximo foi reduzido de 108 Nm a 9.500 giros para a 106 Nm a 9.250 rpm, ou seja, um pouco mais cedo, o que é sempre bom em motos naked. E, segundo a Suzuki, contribuiu para melhorar a aceleração de 0 a 100 km/h.
Outra novidade foi a adoção do acelerador eletrônico (ride-by-wire), que melhora as respostas do motor e permitiu à Suzuki adotar controles eletrônicos de última geração.
Eletrônica mais refinada
Além do controle de tração em cinco níveis, a nova GSX-S 1000 traz agora três modos de entrega de potência. Eles não alteram a cavalaria, mas sim a forma que o motor despeja tração da roda traseira.
Entretanto, diferentemente da nova Hayabusa, a naked de 1.000 cm³ não conta com sensor de medição inercial (IMU) e, portanto, o controle de tração nem os freios ABS são otimizados para o uso em curvas. Resumindo, ainda é preciso dosar a mão em retomadas com a moto inclinada.
A grande novidade, entretanto, está no quickshift bidirecional de série. Com o sistema, não é preciso acionar a embreagem para subir ou reduzir as marchas do câmbio de seis velocidades.
Os freios mantiveram discos duplos com pinças Brembo, na dianteira; e disco simples, na traseira. O sistema ABS, obrigatório em motos desse porte, também foi mantido.
Ciclística sem grandes alterações
Na parte ciclística, a Suzuki foi mais conservadora. O quadro de dupla trave em alumínio é o mesmo da geração anterior, assim como as suspensões - KYB de 43 mm de diâmetro, no conjunto dianteiro; e balança monoamortecida, na traseira, ambas com regulagem. O peso do conjunto em ordem de marcha aumentou, passando de 209 kg para 214 kg, muito provavelmente, em função do novo aparato eletrônico.
As rodas de liga-leve conservaram o desenho com seis pontas, mas calçam novos pneus Dunlop Sportmax Roadsport 2, nas mesmas medidas: 120/70-17, na frente, e 190/50-17, atrás.
Segundo a fabricante japonesa, a novidade fica por conta do guidão, mais largo e próximo do piloto. Dessa forma, a posição de pilotagem ficou menos esportiva e mais ereta, em comparação à geração anterior.
Mercado
Apesar das mudanças não serem inovadoras e ousadas como se esperava, a atualização mantém a GSX-S 1000 na briga pelo segmento de motos naked esportivas. Embora tenha menos cavalaria que outras concorrentes de quatro cilindros europeias, o modelo Suzuki entrega um pacote bastante interessante, com um chassi ágil e um conjunto motor e câmbio para lá de eficiente.
Sucesso também no Brasil, a nova geração da GSX-S 1000 deve vir para o nosso mercado. Difícil precisar quando, mas, caso a marca participe do Salão Duas Rodas 2021, a naked pode ser uma das estrelas do estande da J.Toledo, representante da Suzuki no País, que parece ter voltado a prestar atenção no mercado de alta cilindrada brasileiro. Resta-nos torcer.
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