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Fomos traídos por Putin com essa guerra, acusa magnata russo das motos

Timur Sardarov, CEO da MV Agusta, criticou presidente russo pela invasão da Ucrânia em suas redes sociais - Divulgação
Timur Sardarov, CEO da MV Agusta, criticou presidente russo pela invasão da Ucrânia em suas redes sociais Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

05/03/2022 04h00

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O CEO da MV Agusta, Timur Sardarov, divulgou uma carta aberta à imprensa, na qual critica a invasão da Ucrânia pela Rússia e se diz traído pelo governo de Vladimir Putin. O empresário russo também tem publicado críticas ao conflito em suas redes sociais.

"Para mim, como russo, é a maior tragédia dos meus 40 anos de existência. Nunca pensei que me sentiria tão traído pela ação do meu próprio país", diz um trecho da carta.

Sardarov, que assumiu a MV Agusta em 2018, vem de uma família de oligarcas bem estabelecidos em seu país natal e é a figura russa mais proeminente na indústria de motocicletas.

O magnata afirma que tem muitos amigos na Ucrânia e, durante toda sua criação e de acordo com a educação que recebeu de seus pais aprendeu que as duas nações eram irmãs muito próximas. "Toda a minha família está chocada, todas as pessoas que conheço estão chocadas, com raiva e se sentem traídas", afirma Sardarov.

A cobertura da guerra feita pela mídia russa e ocidental também foi alvo de críticas por parte do empresário, que considerou a retórica polarizada. "Acredito que a maioria dos russos também sente o mesmo. Os russos são uma nação muito orgulhosa e em nossa história ninguém nos traiu mais do que este regime liderado por Putin", em mais uma crítica ao governo do seu país.

Sardarov encerra o comunicado dizendo que está rezando pelo povo ucraniano e também pelos jovens soldados russos que, segundo ele, "foram jogados neste conflito de matança de irmãos".

Etapa russa do Mundial de Motocross é cancelada

Além da reação do CEO da MV Agusta, a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) já havia anunciado o cancelamento da 7ª etapa do Campeonato Mundial de Motocross 2022, que seria realizado em Orlyonok, na Rússia.

Segundo a FIM, devido à situação atual, não é possível realizar o Grande Prêmio previsto para 1º de maio na cidade russa. Em breve, a federação deverá anunciar uma etapa substituta.