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NK 150, Bros e Crosser: veja prós e contras para escolher uma moto trail
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As motos de uso misto, também chamadas de trail, correspondem a quase 20% das motocicletas vendidas no Brasil. O sucesso dos modelos desse segmento não é por acaso.
Afinal, cerca de 88% da nossa malha rodoviária não é pavimentada e uma moto com rodas raiadas, pneus de uso misto e suspensões de curso mais longo, como as trail, são mais adequadas para enfrentar nossas malcuidadas estradas.
Com a chegada da nova Haojue NK 150, a disputa por esse importante segmento do mercado de duas rodas fica ainda mais acirrada. A trail da marca de origem chinesa, parceria de longa data da Suzuki, porém, vai enfrentar uma forte concorrência já estabelecida.
Suas principais rivais são a Honda NXR 160 Bros, terceira moto mais vendida do Brasil em 2021, e a Yamaha XTZ 150 Crosser, moto mais vendida da marca japonesa no País, no ano passado.
Preços e versões
A NK 150 chega às lojas em apenas uma versão, com preço sugerido de R$ 17.597 - valor sem frete e que pode ser ainda maior em São Paulo, em função da maior alíquota de ICMS cobrada no estado.
À primeira vista, o valor é maior do que o preço sugerido de R$ 15.790 da Honda NXR 160 Bros. Também comercializada em apenas uma versão, a ESDD, com partida elétrica e freio a disco nas duas rodas, a Bros, na prática, sai por um valor bem mais elevado. Na capital paulista, por exemplo, a trail urbana da Honda chega a ser vendida por R$ 19.800.
Já a XTZ 150 Crosser tem duas versões. A "S", mais urbana, tem para-lama alto, não traz sanfonas nas bengalas como Bros 160 e NK 150, e tem preço sugerido de R$ 16.190, mas que é vendida por até R$ 17.500 nas concessionárias.
A trail urbana da Yamaha ainda é comercializada na versão "Z", que é basicamente a mesma moto, mas com para-lama alto e protetores de bengala na suspensão dianteira. O preço sugerido da Crosser 150 Z é de R$ 16.390, mas, na prática, o modelo sai por quase R$ 17.700.
Como a NK 150 deve começar a chegar às concessionárias Suzuki/Haojue apenas na segunda quinzena de março, ainda não sabemos o preço final da NK 150. Porém, o valor praticado com frete e impostos deve ser superior ao modelo Yamaha, mas equivalente ao preço final da Bros.
Motorização
No quesito motorização, a nova trail urbana da Suzuki Haojue aposta no conhecido monocilíndrico de 149 cm³, arrefecido a ar que já equipa a street DK 150 da marca.
Alimentado por injeção eletrônica, o motor produz 12 cv de potência máxima a 8.000 rpm e torque máximo de 1,4 kgf.m a 6.000 giros. Um detalhe: diferentemente de Bros e Crosser, a NK 150 não é bicombustível e seu tanque de 12,2 litros só pode ser abastecido com gasolina.
O desempenho da NK 150, ao menos na ficha técnica, é semelhante à trail da Yamaha, que também oferece 12,2 cv de potência, mas pode chegar a 12,4 cv quando abastecida com etanol.
Ambas ficam na desvantagem, quando comparadas à Bros. Com motor de maior capacidade, 162 cm³, e produz 14,7 cv a 8.500 rpm, abastecida com etanol.
As três trail urbanas têm câmbio de cinco marchas, com transmissão final por corrente.
Ciclística
A nova NK 150 segue a mesma receita de "trail urbana" que nasceu com a Bros 160 e foi seguida também pela Crosser 150, ou seja, as três têm rodas raiadas, aro 19, na dianteira, e 17, na traseira.
Os pneus com câmara são de uso misto, nas medidas 90/90-19 (dianteiro) e 110/90-17 (traseiro), nos três modelos. O chassis delas também são de construções bastante semelhantes, com berço duplo.
Elas se equivalem também no quesito peso. A nova NK 150 pesa 139 kg em ordem de marcha, ou seja, pronta para rodar. Pouca coisa a mais do que a XTZ 150 Crosser (134 kg em ordem de marcha). Já a Honda divulga apenas o peso de 122 kg a seco, isto é, sem combustível e fluidos. Abastecida com 12 litros, a Bros também deve marcar em torno de 135 kg na balança.
As suspensões são praticamente iguais: garfo telescópico convencional, na dianteira, e balança monoamortecida, na traseira. As três têm 180 mm de curso no garfo dianteiro, mas a Haojue não divulgou o curso da roda traseira. Na Bros é de 150 mm e na Crosser, de 160 mm.
Mas é nos freios que aparecem as maiores diferenças entre as três trails de baixa cilindrada. A NK 150 aposta no sistema ABS, atuando apenas no freio dianteiro a disco, porém usa o "bom e velho" tambor, com 110 mm de diâmetro, na traseira.
Tanto Bros e Crosser têm freio a disco nas duas rodas, mas a trail da Honda vem com sistema combinado (CBS), enquanto o modelo Yamaha sai de fábrica com disco na traseira, o que lhe dá vantagem perante às concorrentes. Principalmente, porque a Crosser 150, além do disco nas duas rodas, conta ainda com sistema ABS na dianteira.
Equipamentos
Quando analisamos os equipamentos dos três modelos a disputa também é parelha. Todas têm partida elétrica de série, um item de conforto e facilidade.
Painel digital também está presente nos três modelos, cada um com sua particularidade, mas todos com o útil marcador de combustível. O da Bros é do tipo blackout, ou seja, com fundo preto, e é o mais simples, sem conta-giros.
Já a Crosser oferece conta-giros analógico e uma tela de LCD com velocímetro e indicador de marcha. A NK 150 tem conta-giro digital e também indicador de marcha.
Outro item de série presente na NK 150, na Bros e na Crosser é o bagageiro. Útil, permite amarrar bagagem ou instalar um baú.
O diferencial da NK 150 fica por conta da tomada USB, instalada no guidão. Uma inovação para o segmento e que permite carregar o smartphone ou um GPS, sem a necessidade de adaptações.
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