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Como amor pelas motos fez brasileira superar machismo e comandar a Kawasaki

Sônia Harue assumiu o cargo de Diretora Comercial & Marketing da Kawasaki Motores do Brasil em 1º de março  - Divulgação
Sônia Harue assumiu o cargo de Diretora Comercial & Marketing da Kawasaki Motores do Brasil em 1º de março Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

08/03/2022 04h00

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Após 12 anos atuando em diversas áreas da Kawasaki Motores do Brasil, Sônia Harue Ando, 53 anos, assumiu em 1º de março o cargo de Diretora Comercial & Marketing da fabricante de motocicletas no País.

"É um orgulho muito grande fazer parte desta equipe e ter o trabalho reconhecido. São poucas as pessoas que podem trabalhar com o que amam e ter a oportunidade de ascender profissionalmente dentro de uma multinacional tão admirada no meio motociclístico", comenta Sônia.

A promoção coincide com o 'Mês da Mulher' e com as políticas da Kawasaki de incentivar o empoderamento feminino na indústria automotiva e garantir o aumento de mulheres em cargos de liderança. Segundo pesquisa recente da BR Rating, apenas 3,5% das empresas têm CEOs mulheres e somente 16% têm mulheres em cargos de diretoria, como é o caso de Sônia na Kawasaki.

A executiva se diz realizada por conseguir unir sua paixão pelas duas rodas com a profissão. "Trabalhar com motos me rejuvenesceu", conta ela, que pilota até hoje.

Motociclista de longa data

A paixão de Sônia Harue pelas motos começou cedo, quando viu a atriz Malu Mader acelerar uma Agrale 27.5 nas cenas da novela Fera Radical (1988). Então com 19 anos, Sônia colocou na cabeça que um dia teria aquela moto.

Fez de tudo para alcançar seu sonho. Tirou carta, apesar da desaprovação dos pais, juntou dinheiro e comprou a tão sonhada trail. Mal sabia ela que, décadas depois, entraria de vez no mundo das duas rodas.

Sônia Harue trabalha na Kawasaki há mais de uma década. Começou como chefe de crédito e cobrança, passou por diversas áreas até chegar ao cargo de diretora comercial e de marketing da subsidiária brasileira da marca japonesa.

Sônia Kawasaki - Divulgação - Divulgação
"Trabalhar com motos me rejuvenesceu”, conta Sônia, que pilota até hoje
Imagem: Divulgação

Graduada em telecomunicações, sempre transitou em ambientes masculinos. "Nesse tempo todo na Kawasaki, não foram só flores. Em algumas situações, sofri com o machismo, mas estava acostumada a trabalhar onde havia mais homens", relata.

Em vez do confronto, Sônia prefere mostrar, na prática, sua competência. "O meu trabalho fala por mim", diz. Pelo jeito, tem dito boas coisas. Afinal, a brasileira é a maior executiva da Kawasaki no Brasil e a fabricante japonesa fechou 2021 como a quinta marca de motos mais vendida do País, com 8.997 unidades emplacadas.

A executiva que hoje comanda a Kawasaki no País deixa um ensinamento para outras mulheres. "Você tem que ir atrás do que deseja. Acelere atrás dos seus sonhos", ensina.