Forza 350, XMax 250 ou Citycom 300: veja qual a melhor scooter média

As vendas de scooters vêm crescendo a cada ano. Em 2021, foram licenciadas mais de 107 mil unidades, volume 41% superior ao registrado em 2020, segundo a Abraciclo, associação dos fabricantes do setor. A popularização das scooters, em sua maioria de modelos de baixa cilindrada, faz com que alguns consumidores desse tipo de moto queiram evoluir dentro do segmento.

Recentemente, a Honda, finalmente, apresentou a nova Forza 350, modelo que era aguardado desde o Salão Duas Rodas 2019. A mais recente geração da Forza 350 traz um design moderno e esportivo e um motor de quase 30 cv para quem procura mais desempenho do que as scooters de 150 e 160 cc podem oferecer.

A chegada da Forza 350 movimentou o segmento de scooters médias, ampliando a opção de modelos que oferecem a praticidade do câmbio automático e amplo espaço sob o banco, mas também têm conforto e bom desempenho para pegar a estrada.

Mas qual a melhor scooter média, à venda no Brasil? Elaboramos essa lista com os pontos positivos e negativos de cada um dos modelos, para você escolher o seu; confira.

Honda Forza 350 - R$ 47.000

Famosa na Europa, a nova Forza traz um motor de 330 cm³, com arrefecimento líquido e 29,2 cv de potência para levar a scooter a 140 km/h. Na ficha técnica, a scooter média da Honda é a mais potente da nossa lista.

O modelo também oferece diversos itens de conforto, com seu banco amplo e o para-brisa que conta até com ajuste elétrico de altura. A Honda também introduziu controle de tração e freios ABS de série, para garantir a segurança do condutor.

Entretanto, por diversos motivos, entre eles, a alta do dólar, a inflação e a falta de componentes eletrônicos, a Honda optou por trazer a Forza 350 importada da Tailândia, já montada (Completely Built-Up). Com isso, a excelente e bem vendida scooter média da marca japonesa chegou aqui com um preço bastante elevado para o segmento: R$ 47 mil sem frete!

O valor desanimou muitos consumidores que aguardavam a chegada da scooter média da Honda para evoluir dentro do segmento. As grandes vantagens da nova Forza 350 são seu potente motor e o grande espaço, com capacidade para 48 litros, sob o banco.

A Smart Key de série é uma praticidade interessante para quem usa a scooter no dia a dia, assim como a entrada USB-C no porta-luvas. Além do controle de tração, outro diferencial da Forza 350 é o para-brisa ajustável. Seu preço, porém, é um grande ponto negativo.

Yamaha XMax 250 - R$ 29.990

Lançada no Brasil no início de 2020, a XMax 250 mudou o patamar das scooters médias. Com o agressivo design da linha XMax, também famosa na Europa, a scooter de 250 cc elevou o patamar das scooter simples e baratas. Além de faróis de LED, a XMax 250 oferece Smart Key, freios ABS nas duas rodas e fez a estreia do controle de tração no segmento.

Um dos destaques da XMax 250, para quem procura uma scooter maior, é seu motor. Com um cilindro, 250 cm³ e arrefecimento líquido, produz 22,8 cv de potência máxima a 7.000 rpm, além de um torque máximo de 2,5 kgf.m a 5.500 giros.

Tem menos potência que a Forza 350, mas em conjunto com o câmbio CVT (automático) é o suficiente para arrancar na frente até mesmo de motos maiores no semáforo. Rapidamente, atinge-se 80 km/h na cidade. Na estrada, os números de desempenho levam a scooter Yamaha a 140 km/h.

Sob banco, o espaço disponível também é generoso. Cabem dois capacetes integrais e uma capa de chuva - ou um capacete e uma grande mochila. O diferencial é que há uma luz de LED de cortesia para facilitar encontrar objetos à noite. Por outro lado, a entrada 12V exige que se compre um adaptador para carregar o smartphone.

Mas o XMax 250 ABS leva grande vantagem sobre o Forza 350 quando o assunto é o preço. A scooter da Yamaha tem preço sugerido de R$ 29.990 - quase R$ 17 mil reais a menos do que a scooter Honda.

Dafra HD 300 - R$ 27.490

Derivada da veterana Citycom S 300i, a HD 300 também desembarcou por aqui no início de 2020. Embora use o mesmo quadro, motor e rodas da Citycom, o HD 300 é mais leve e ágil em função de ser um scooter do tipo plataforma, ou seja, o condutor vai sentado e não montado como nas scooters com túnel central. Seu design é mais voltado para o uso urbano, já que a posição não é das mais confortáveis para longos trajetos.

Além disso, o HD 300 é mais moderno e prático que a Citycom. Afinal, conta com freios ABS de série e mais espaço sob o banco. São 38 litros que comportam facilmente dois capacetes integrais. A abertura do compartimento e do bocal do tanque é feito no miolo de ignição, outra praticidade perante a Citycom. Mas a scooter de 300 cc da Dafra não tem chave de presença como as concorrentes de Honda e Yamaha.

O desempenho do motor, contudo, é satisfatório. O motor de um cilindro tem refrigeração líquida, quatro válvulas, 278,3 cm³ e produz 27,6 cv a 8.000 rpm. O câmbio CVT aproveita bem o torque de 2,6 kgf.m a 6.000 giros e, na estrada, também atinge 140 km/h no painel.

Quem procura uma scooter maior para rodar, principalmente, na cidade, encontra na HD 300 uma boa opção. Ainda mais que seu preço sugerido é inferior ao das concorrentes: R$ 27.490, sem frete, (muito) abaixo da Forza 350 e menos do que a XMax 250.

Dafra Citycom S 300i - R$ 25.990

A veterana Citycom S 300i, mais um produto da Dafra em parceria com a taiwanesa SYM, assim como a HD 300, praticamente inaugurou o segmento de scooters médias no Brasil. Por muitos anos, o modelo reinou sozinho. Em 2017, sua última atualização, recebeu um motor maior e mais potente, além do "S" no nome.

O motor de um cilindro passou de 263,7 cm³ de capacidade para 278,33 cm³ - e produz 27,8 cavalos de potência máxima a 7.750 rpm. Trata-se da mesma motorização da HD 300, mas a Citycom tem mais conforto para pegar a estrada, em função do banco mais largo e do grande para-brisa (sem regulagem).

Por se tratar de um projeto mais antigo, a Citycom tem alguns pontos negativos em relação às concorrentes. A começar pelo menor espaço sob o banco, seu peso mais elevado e pouca agilidade na cidade. Mas a veterana Dafra vai bem na estrada. Com rodas aro 16, mantém-se estável até os 140 km/h, sua velocidade máxima.

Outro item no qual a Citycom perde pontos é no sistema de freios. Apesar de usar disco nas duas rodas, tem sistema combinado ao invés dos mais seguros ABS.

Entretanto, a grande vantagem do modelo é ser o mais em conta dessa lista. Para quem não se preocupa em ter a scooter média mais moderna, seu preço sugerido de R$ 25.990 é um bom argumento a favor.