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Suzuki completa 30 anos no Brasil: veja 10 motos que fizeram história

Terceira geração da lendária GSX 1300R Hayabusa é lançamento mais recente da Suzuki/J.Toledo no País - Divulgação
Terceira geração da lendária GSX 1300R Hayabusa é lançamento mais recente da Suzuki/J.Toledo no País Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

01/10/2022 04h00

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No último dia 24 de setembro, a Suzuki Motos completou 30 anos de atuação no Brasil, representada pela J.Toledo da Amazônia. Antes de 1992, as motos da marca já haviam sido vendidas no Brasil por meio de importadores nos anos de 1970, mas a operação oficial só começou mesmo depois da abertura das importações no início dos anos 1990.

Em 1994, a J.Toledo inaugurou sua linha de montagem em Manaus (AM), onde já produziu mais de 750 mil motocicletas nessas três décadas. "Estamos muito felizes por alcançar essa marca. Agradecemos e parabenizamos também todos os 'suzukeiros', porque eles também fazem parte dessa história", afirmou João Toledo, ex-piloto de motocross e o responsável por trazer a lendária marca japonesa para o Brasil.

Embora tenha perdido mercado nos últimos anos, a Suzuki tem uma rica história no motociclismo. Criadora de motos inovadoras e esportivas, como a linha GSX-R, além de modelos famosos como a naked Bandit 600.

Para homenagear o aniversário de 30 anos das motos Suzuki nas ruas e estradas brasileiras, elaborei uma lista com 10 modelos da fábrica japonesa de Hamamatsu que fizeram história no Brasil.

GSX-R 1100 (1992)

Uma das primeiras superesportivas com mais de 1.100 cc, a GSX-R 1100 era o sonho de consumo, quando chegou aqui, no início dos anos de 1990. O modelo 1992 tinha motor de 1.127 cm³ de capacidade, com arrefecimento a ar e óleo, capaz de produzir 143 cv de potência máxima.

GSX-R 1100 - Divulgação - Divulgação
Suzuki GSX-R 1100 1992
Imagem: Divulgação

Embora fosse potente para a época, era criticada por seu pesado e difícil de pilotar. As gerações posteriores - GSX-R 1100 W entre outras - ganharam motor com refrigeração líquida e melhorias na parte ciclística. Modelo ficou em linha até 1998, quando foi substituída pela primeira GSX-R 1000.

Bandit N600 (1995)

Antes de a Honda CB 600F Hornet ser criada, a naked mais desejada, sem dúvida, era a Suzuki Bandit N 600. Moto com "cara de moto", a Bandit usava um motor de quatro cilindros, também arrefecido a ar e óleo, amarrado a um quadro de aço tubular.

Suzuki Bandit 600 - Divulgação - Divulgação
Suzuki Bandit N600 1995
Imagem: Divulgação

Com 77 cv de potência, não assustava os iniciantes, ao mesmo tempo em que divertia os pilotos mais experientes. A Bandit ganhou versões de 1200 cc ao longo dos anos, além de diversas melhorias. Entretanto, ficou para trás perante as concorrentes.

TL 1000S (1997)

Para combater o sucesso da Ducati Monster, a Suzuki lançou em 1997 a TL 1000. Equipada com um motor de dois cilindros em "V", como a naked italiana, o modelo produzia 128 cv de potência e ficou famosa por aqui como a primeira motocicleta com injeção eletrônica à venda no Brasil, onde foi vendida apenas a versão "S", com uma pequena carenagem.

TL 1000S - Divulgação - Divulgação
Suzuki TL 1000S 1997
Imagem: Divulgação

As primeiras gerações sofreram com problemas técnicos em todo o mundo e também com a adaptação à gasolina brasileira, que traz etanol em sua mistura. Tinha um bom desempenho no motor, mas sua ciclística ficava devendo um pouco de esportividade. De qualquer forma, fez história no País.

GSX-R 1300 Hayabusa (1998)

Com nome inspirado em um falcão peregrino japonês que podia atingir velocidades acima de 300 km/h, a esportiva logo justificou a inspiração. Em testes conquistou o título de moto de série mais veloz do mundo, chegando a estonteantes 311 km/h!

Hayabusa  - Divulgação - Divulgação
Primeira geração da Hayabusa passava dos 300 km/h
Imagem: Divulgação

Com essa marca, a Hayabusa fez história. O desempenho da GSX 1300 R era sua principal qualidade. Com 178 cv de potência máxima a 9.800 rpm, a primeira geração da "Busa", como foi carinhosamente apelidada pelos seus proprietários, era uma das mais potentes motocicletas em produção na época. A terceira geração acaba de chegar às lojas brasileiras, bem mais potente e moderna.

V-Strom DL 1000 (2002)

V-Strom 1000 - Divulgação - Divulgação
Suzuki DL 1000 V-Strom 2002
Imagem: Divulgação

Com um motor em V a 90°, daí seu nome DL, a primeira geração da V-Strom foi uma das precursoras do segmento de motos aventureiras esportivas. Com um quadro de dupla trave superior, rodas de liga-leve, mas suspensão com mais curso e a posição de pilotagem ereta das motos trail, a DL 1000 V-Strom oferecia bom desempenho do seu motor de 996 cm³ e 98 cv para pegar a estrada, além de conforto, para piloto e garupa.

A aventureira evoluiu ao longo dos anos e seguiu a tendência de se tornar mais "off-road". A mais recente versão V-Strom 1050 DE, que chega ao Brasil no ano que vem, usa rodas raiadas, com 21 polegadas, na dianteira.

Yes 125 (2004)

Yes 125 - Divulgação - Divulgação
Suzuki Yes 125 2004
Imagem: Divulgação

Mais famosa por suas motos de grande capacidade cúbica, a Suzuki/J.Toledo entrou no mercado de motos street 125 com a Yes em 2004. Seu visual mais elaborado, com alguns cromados, e boa lista de equipamentos, a Yes 125 era opção às mais famosas 125cc, Honda CG e Yamaha YBR. Entretanto, o modelo não acompanhou a evolução de duas concorrentes. Até virou GSR 150, mas ainda trazia carburador e acabou ficando para trás.

Burgman 125 (2005)

Burgman 125 - Divulgação - Divulgação
Suzuki Burgman 125 2005
Imagem: Divulgação

Quando mal se falava de scooter no Brasil, a Suzuki/J.Toledo inovou e lançou o Burgman 125. Muitos creditam o modelo como o responsável por disseminar a cultura do scooter no mercado nacional. Na predominante cor amarela, o 'Burguiminha" era comum nas ruas das grandes cidades, conquistando uma legião de fãs.

Suas principais qualidades, como a facilidade de pilotagem do câmbio CVT e a praticidade do espaço sob o assento, apresentaram as scooters ao consumidor brasileiro. O modelo ganhou uma versão injetada em 2011, mas que não repetiu o sucesso da primeira geração.

B-King 1300 (2008)

B-King 1300 - Divulgação - Divulgação
Suzuki B-King 1300 2008
Imagem: Divulgação

A B-King é um bom exemplo do porquê a Suzuki ficou famosa como uma fabricante ousada e inovadora no mercado de motos. Mostrada como conceito no Salão de Tóquio, ninguém esperava que uma naked com o motor da Hayabusa fosse se tornar realidade. Algum tempo depois, a B-King tornou-se realidade. Além de seus quase 180 cv de potência, a naked ficou famosa pelas duas enormes saídas de escapamento que conferiam um ar insano ao modelo.

Gladius 650 (2013)

Substituta da famosa SV 650, a Gladius também apostava em um motor de dois cilindros em "V" com um quadro em treliça e chegou ao Brasil em 2013. Com desempenho razoável, cerca de 65 cv, e um câmbio macio, era uma excelente naked urbana.

Gladius 650 - Divulgação - Divulgação
Suzuki Gladius 650 2013
Imagem: Divulgação

Seu design moderno também chamava a atenção, pelo farol excêntrico e o quadro colorido. Foi uma das últimas motos mais inovadoras que a Suzuki lançou mundialmente. Afinal, a fabricante japonesa pareceu desacelerar nos últimos anos. Tanto no exterior como aqui no Brasil.

GSX-R 1000R (2018)

Com bastante atraso em relação à concorrência, a Suzuki mostrou a nova geração da GSX-R 1000R, com eletrônica de última geração, apenas em 2018 - só para comparar, a BMW já trazia controle de tração e outros sistemas, desde 2009. Bom, antes tarde do que nunca, a Suzuki mostrou que ainda sabia fazer excelentes motos superesportivas com a nova geração de sua esportiva de 1.000 cc.

GSX-R 1000R 2018 - Divulgação - Divulgação
Suzuki GSX-R 1000R 2018
Imagem: Divulgação

Leve, fácil de pilotar e potente, a GSX-R 1000R surpreendeu a todos e venceu diversos comparativos ao redor do planeta. Pena que, desde então, não passou por atualizações substanciais e acabou ficando defasada quando comparada a outras concorrentes mais modernas.