Motor elétrico e outras tecnologias: como serão as motos Suzuki no futuro

Recentemente, a Suzuki divulgou sua estratégia para reduzir as emissões de poluentes em suas operações e produtos. A meta é atingir a neutralidade de carbono até 2050, no Japão e na Europa, e só em 2070, na Índia. Porém, diferentemente de outras empresas automotivas, os planos da fabricante japonesa vão além das motos elétricas.

Para motocicletas de pequeno e médio porte, usadas para transporte diário, como deslocamento para o trabalho, escola, a Suzuki prometeu apresentar um modelo movido a bateria só em 2024. Tudo indica que a primeira moto elétrica da Suzuki seja uma scooter baseada na Burgman 125, que foi flagrada em testes, na Índia, há cerca de dois anos.

A Suzuki também planeja o lançamento de oito modelos eletrificados até 2030, o que corresponderia a 25% do line-up de motocicletas da marca. Interessante notar que, durante o anúncio da estratégia verde da Suzuki, nem o Brasil e nem a América do Sul foram citados, um indício de que motos elétricas da Suzuki ainda devem demorar para chegar por aqui.

Embora aposte na eletrificação para reduzir as emissões, a fabricante japonesa afirmou que para motocicletas de grande porte usadas para o lazer "está considerando a adoção de combustíveis neutros em carbono". Ou seja, não fósseis, como biogás, hidrogênio e até etanol.

Vale lembrar que, em 2010, a Suzuki apresentou uma versão da maxiscooter Burgman 650 alimentada por célula de combustível de hidrogênio. O modelo chegou a ser testado na Inglaterra e até recebeu a autorização para ser comercializado, mas nunca chegou às lojas. Contudo, já é um sinal de que a fábrica de Hamamatsu tem a expertise para usar outros tipos de combustíveis neutros em carbono.

Um deles é o etanol, bem menos poluente do que a gasolina. Tanto que entre os planos para seus automóveis, a Suzuki pretende ter não só carros elétricos com bateria, principalmente, na Índia, onde lidera o segmento sob a marca Maruti Suzuki. A fabricante japonesa também irá lançar automóveis com motor de combustão interna neutro em carbono, por meio do uso de combustíveis mistos de GNV, biogás e etanol.

Essa estratégia pode ser repetida também nas motos de alta cilindrada da marca japonesa. Embora os motores elétricos pareçam ser a única solução para atingir a neutralidade de carbono, a produção de energia elétrica para alimentar essas baterias ainda é vista como um empecilho, principalmente, pelas fabricantes japonesas.

Além da Suzuki, a Kawasaki e a Yamaha estão pesquisando o uso de combustíveis alternativos nos motores de combustão interna. A Kawasaki, por exemplo, já anunciou uma moto a hidrogênio e um modelo híbrido para os próximos anos.

Uma coisa é certa: temos de reduzir a emissão de poluentes de carros e motos o quanto antes. Entretanto, algumas fabricantes, não veem os modelos elétricos como a única solução para o problema. Com isso, podem surgir combustíveis alternativos e novas matrizes energéticas para alimentas as motos do futuro.