Marca indiana planeja fazer motos no Brasil para brigar com Honda e Yamaha
Terceira maior fabricante de motos do mundo, a indiana Bajaj pretende ter uma fábrica própria no Brasil em 2024 para brigar com as marcas japonesas Honda e Yamaha, líderes do mercado brasileiro de motocicletas. Em entrevista ao jornal Economic Times, da Índia, o diretor executivo da Bajaj Auto, Rakesh Sharma, afirmou que a fábrica própria da marca indiana deverá começar a produzir motos já no próximo ano.
De acordo com Sharma, a planta da Bajaj será instalada em Manaus para aproveitar os benefícios fiscais do Polo Industrial. Ainda segundo o diretor executivo da marca indiana, a fábrica terá, inicialmente, capacidade para produzir 20 mil motos por ano.
Afinal, a gigante indiana atua no Brasil desde dezembro passado por meio de uma subsidiária local, a Bajaj do Brasil. A marca comercializa três modelos - Dominar 160, Dominar 200 e Dominar 400 - que são montados na planta da Dafra em Manaus (AM).
Até junho, a Bajaj emplacou 1.488 unidades no País. A maioria delas, cerca de 70%, são do modelo Dominar 400. Ou seja, até agora, a marca não chega a incomodar Honda e Yamaha. Entretanto, com uma fábrica local, disputando funcionários e fornecedores no Polo Industrial de Manaus, a Bajaj irá brigar de frente com as gigantes japonesas.
"O Brasil é uma exceção devido ao seu tamanho, complexidade e, às vezes, imprevisibilidade. Exige uma permanência de longo prazo. Então, tendo esses fatores em mente, achamos melhor ter um modelo de negócios diferente e assumir o desenvolvimento do negócio diretamente", disse Sharma ao jornal indiano.
Além de produzir as motos da Bajaj, a fábrica da marca indiana no Brasil deverá montar modelos da KTM, afirma a reportagem. Dona de 48% da KTM, a Bajaj produz os modelos de baixa cilindrada da marca austríaca, que vão de 125 a 390 cc.
Entretanto, o executivo revelou que a Bajaj ainda não firmou o plano de investimentos para sua primeira unidade fabrica fora da Índia. Questionada sobre os planos de uma fábrica própria no País já em 2024, a Bajaj do Brasil não se manifestou até o fechamento desta coluna.
Reportagem
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