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Jorge Moraes

Novas Hilux e SW4 chegam ao Brasil em novembro; Corolla Cross vem em março

Colunista do UOL

15/09/2020 16h37

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A produção da planta de Zárate, na Argentina, está encerrando o ciclo da atual geração da picape Hilux e do utilitário SW4, sinalizando a chegada da linha 2021 dos dois modelos. O lançamento no Brasil será, em live exclusiva, no dia 17 de novembro. Na semana seguinte começam as vendas.

Os japoneses também pensaram em promover um programa de test-drive diferenciado, mas por enquanto a pandemia é uma barreira de impedimento.

Em tempo: o Corolla Cross, que será feito na planta de Sorocaba (SP), na base da plataforma modular TNGA, terá versão híbrida como topo da gama e valores abaixo dos R$ 200 mil. Será o segundo veículo com a tecnologia híbrida flex feito no país. O lançamento está confirmado para o fim de março de 2021 como versão 2022. O carro já foi apresentado na Tailândia.

E quanto aos renovados argentinos? A Toyota, como montadora mestre em precificar bem, consegue aproximar versões atuais (os velhos) aos novos (futuros) modelos gerando escassez, ao mesmo tempo em que celebra o reinado do segmento mais premiado da categoria com a SW.

Só para recapitular a estratégia, todo mês houve um leve e novo aumento (assim como recentemente faz a maioria dos fabricantes). A SW4 SRX, por exemplo, custava antes da largada do coronavírus no país R$ 270 mil, e agora está R$ 299 mil. A Diamond sai por R$ 311 mil.

O que esperar dos novos? Ajuste de base na faixa dos 3%. A picape era R$ 208 mil e, hoje, R$ 229,8 mil. O fabricante vai promover suaves mudanças na carroceria, mas são bem-vindos o ingresso de tecnologia, como a aplicação do Carplay e do Android Auto na nova central multimídia, o acabamento interno de painel e mudança de cluster.

A SW4 4X4 vai gerar uma nova calibragem mecânica para as motorizações 2.8 turbodiesel de 204 cv (atualmente 177 cv) e caixa automática de seis velocidades, assim como a 2.7 flex 4X2 de 163 cv quando abastecido com etanol e 159 cv na gasolina com transmissão de seis marchas.

Espera-se uma versão mais rebelde como na picape Hilux? O modelo GR-S V6 de 234 cv pode entrar nos planos da montadora. E a chancela será da Gazoo Racing. Quanto ao SUV SW4 e picape híbridos, a meta é aguardar 2025, pois a Toyota terá um modelo com opção híbrida em cada linha.

Mas o que dizer quando mudar demais nunca foi o forte da montadora, principalmente dos produtos que são produzidos pelos brasileiros e portenhos.

O xodó do Brasil entre os SUVs carrega a grife Hilux e praticamente acompanha a galopada do dólar em relação aos preços. Como sobe de valor! Um dia desses, em 2016, custava R$ 200 mil. Estive no lançamento da montadora, que ficou devendo um pouco mais de luxo para o utilitário de cinco e sete lugares.

Nos últimos dois anos tentou resolver parte do "débito" com o modelo Diamond, de alguns mimos exclusivos, a exemplo da cabine em couro claro, chave branca, acabamento interno personalizado, nomenclaturas nas soleiras, bancos climatizados e o som JBL com subwoofer na tampa da mala.

Por falar em som, destaco que é uma das poucas deficiências da Toyota não entregar um sistema de áudio bacana em todas as versões (mesmo sem grife). Vide Corolla e Yaris, que entram no mesmo bojo. Quem gosta de música, como eu, tem que tratar de melhorar o que vem de fábrica - e isso serve para a maioria.

O facelift da Hilux e SW4, com novos faróis, para-choques, grade dianteira, frisos e redesenho de rodas e estribos estava programado para a segunda metade de agosto. Mas, na atual situação, por causa da pandemia gerada pela covid-19, os prazos foram deslocados.

Na ficha técnica

Suspensão dianteira independente com mola helicoidal, na traseira eixo rígido com feixe de molas semielípticas. Freio a disco nas quatro rodas. A direção é hidráulica, mas a esperança não para de pedir a peça elétrica, mais fácil de manobrar. Os pneus atualmente são 265/60 no aro 18. E, na memória, a atual geração da SW4 iniciou a trajetória de vendas em fevereiro de 2016 e já passou fácil pelas 55 mil unidades.