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Salão de Nova York reabre após dois anos para um mundo mais elétrico
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Após dois anos de cancelamentos devido à pandemia da covid-19, o New York Auto Show reabre as portas para o público até o dia 24 desse mês. Em um universo automotivo mais elétrico em relação à última edição, o evento aposta inclusive em uma pista de testes para carros de energia limpa e uma área de micromobilidade.
Ausência marcante e registrada dos alemães (menos Volkswagen) e ingleses. BMW, Audi, Mercedes-Benz, Jaguar e Volvo nem deram bola para o evento no maior mercado de luxo dos Estados Unidos.
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Mas ao passear pelo Jacob Javits Center, a porta de entrada é o estande da Ford com foco direto para o bruto Bronco Raptor. A marca norte-americana leva a versão mais potente legalizada para as ruas, com um motor EcoBoost 3.0 que entrega mais de 400 cavalos. O modelo conta ainda com um novo reboque capaz de tracionar até 4,5 toneladas.
Além disso, também estão expostos o GT Holman Moody Heritage, edição ultralimitada do carro que homenageia o vencedor de Le Mans em 1966, e o F-150 Lightining, versão elétrica da picape que este ano conta com duas opções de bateria e autonomia de até 482 km. Segundo a marca, o truck vai de 0 a 100 km/h entre 4 e 5 segundos.
A japonesa Nissan dá destaque ao mundo eletrificado do crossover Ariya e o Leaf, que é o primeiro degrau elétrico da marca no mundo. O sedã Sentra está pronto para ser vendido no Brasil, importado do México com motor 2.0 de 145 cavalos. Com a picape Frontier e o Pathfinder, aparece como coadjuvante no estande.
A Honda não deu as caras e a Toyota mostra o Corolla GR com motor 1.6 de três cilindros, que entrega 300 cv de potência e 37,7 kgfm de torque. Esse também anunciado pela marca para o mercado brasileiro. Estranho é ver a Lexus explorando pouco a corrente híbrida do fabricante.
A General Motors faz claras apostas na Silverado elétrica com 673 cavalos de potência e 107 quilos de torque sem contar na autonomia de 643 quilômetros. O Bolt, meio apático, estava no canto do muro, sem expressão no local. O Corvette Z06 2023, sem dúvida, é o esportivo mais sedutor da mostra.
No peito da Stellantis está o Grand Cherokee 4Xe, que será lançado no Brasil no segundo semestre e virá como o segundo produto da Jeep na corrente híbrida no país. O SUV importado da Itália terá potência combinada de 380 cv e o motor turbo a gasolina é 2.0. A autonomia do luxuoso cinco lugares será de até 50 km no modo bateria.
Os salvadores
Em tempos de pouca fé e muito investimento em salões desse porte, os sul-coreanos e três japoneses (Nissan, Toyota e Subaru) salvam o lado importado do evento. A Hyundai, com o premiado Ioniq 5 e oferta de autonomia que passa dos 450 km, expõe novamente a picape Santa Cruz (a pergunta é quem vai vender no Brasil? Caoa ou HMB?), o Palisade reestilizado e a dupla Tucson e Santa Fé.
A Kia explora o eV6, que já roda em testes pelas ruas de São Paulo, e traz o conceito eV9, que parece uma atualização do Soul tamanho GG. Sportage, outro na porta de entrada do Brasil, e o Niro são atrações que valorizam o mesmo esquema mecânico do híbrido leve. Veja o que existe no Stonic e pense por aí.
E os alemães?
A Kombi (ID.Buzz) e o Tiguan representam a pátria europeia. O SUV de sete lugares com assinatura R (SEL) não é a versão híbrida que será vendida no Brasil em 2023 e para mim reforça a ideia de que os norte-americanos consomem tudo de todo jeito, 100% a combustão ou no modo eletrificado.
O ID, de 4,71 metros e que tem planos globais, foi inspirado na lendária Kombosa. O modelo tem velocidade máxima limitada a 145 km/h. Quanto a autonomia? Deverá acompanhar o que oferta o ID4 perto dos 400 km ou um pouco mais.
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