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Gladiator: já andamos na picape da Jeep que chegará em breve ao Brasil
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A Jeep anunciou ontem a chegada do Gladiator ao Brasil. Ainda não deu grandes detalhes, nem motor ou preço, mas já sabemos o que virá pela frente. Em 2019, a marca escolheu Queenstown, na Nova Zelândia, para apresentar a picape, prima legítima do Wrangler e dona de estilo único, radical e absoluta no 4X4. E tivemos a oportunidade de conhecer de perto todas as suas qualidades.
Ah! Estou só elogiando? Como assim? Acho que depois de dirigir como fiz pelas estradas e trechos alagados da região da Nova Zelândia, com direito a cenários exuberantes e partes que poderiam ser mais atrevidas, para o porte do utilitário e sua capacidade de vencer terrenos rebeldes, é o mínimo que posso escrever.
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A bordo, conforto e exigência para pilotar a Rubicon e encontrar o ponto para fazer o bloqueio do diferencial, com apenas um toque no botão, na região das pedras que saltam e depois cedem espaço para a "praia" de lama. A chuva perseguiu 70% do trecho de dois dias e transformou o caminho em um terreno rico de aventuras.
O Gladiator passa por tudo, não tem poça ou algo semelhante que segure o carro porque ele atropela até mesmo com 76 cm de água cobrindo o Jeep. Por essas e outras razões fica difícil comparar com outra picape média em seu segmento, como Hilux, Frontier, Ranger, S10 e L200. Acho que nesse caso é cada uma na sua.
Explico que o Jeep está acima da turma e certamente no preço também. A direção da marca confirmava na época as primeiras entregas para 2021 mas o tempo, a falta de semicondutores no mundo gerou esse "atraso".
O veículo tem várias características aventureiras do Wrangler. Lembra que nele você pode rebater o para-brisa? Sim, na Gladiator faça o mesmo para viver a experiência do modelo conversível. Puxe a capota e divirta-se porque essa versão também oferece boa acústica e vedação impecável contra a chuva, mesmo que seja forte.
Na base, Trail Rated, que somente dirigindo para traduzir o que as duas palavras sugerem a você: pode ir que eu seguro a onda. A suspensão é firme quando exigida no off road e mais suave em área urbana ou na estrada de asfalto. A rodagem é aro 17 no 245/75 e o Jeep oferece controle de tração, claro, e de estabilidade. A pisada no freio é firme com resposta do ABS.
A cabine estilosa com painel invocado exibe a base central da peça na cor da carroceria e os mostradores misturando o analógico com o digital dão o tempero a arquitetura interna. A tela central de 8,4 polegadas é semelhante à multimídia aplicada nos modelos nacionais da marca, com resolução melhor e câmera de ré com imagem digital.
Car Play e Android Auto são conexões que podem ser feitas via cabo do telefone. Legal ver a bússola na tela e customizar ainda mais informações dos ângulos de defesa, ataque ou lateral.
O fabricante provoca o motorista com a alavanca do 4X4 bem raiz, diferente dos botões da atualidade, no modo natural. Tem uma outra também que é o freio de mão não eletrônico. Me perguntem pela parte chata do carro. Veja bem, são as teclas no painel de comando dos vidros das janelas.
A função descer (abrir) pode ser feita por um toque enquanto subir você tem que ficar segurando com o dedo. Quanto aos porta objetos aproveite para guardar o que tem em mão no porta-copos e no porta-luvas bem compacto.
Espaço para passageiros agrada dentro daquele padrão de picape. O som é legal e vou sugerir tocar seus hits preferidos com qualidade de fábrica sem grife, como Bose, por exemplo. A Gladiator não foi feita para o trabalho forçado do campo, como as médias vendidas no Brasil porque pode faltar espaço.
Outro lance é saber que a Jeep só comporta 620 quilos de carga contra os 1.000 kg da turminha. Ah! Seria somente carro de desfile? Não. Sem exagero, mas é muito mais de passeio para qualquer tipo de destino. E quer saber? Tem hora que olhando do lado de fora, olhando da janela, a vontade que tive era de passar boa parte da noite na caçamba e acampar com o veículo ali mesmo, no meio do nada.
Mecanicamente
Se está pensando no diesel V6 de 260 cv vai ter que esperar mais. O que vem por aí é a picape com o propulsor que avaliei: Pentastar V6 de 3.6 litros e 285 cavalos de potência. Quanto de consumo? Média de 5,5 km/l. São 34 quilos de torque e tudo auxiliado pela caixa de transmissão de oito marchas.
Mais um detalhe que não tive resposta sobre a falta das hastes (borboletas) atrás do volante. Vai trocar de marcha no sequencial tem que ser pela alavanca. Quanto a capacidade de guarda de combustível, o tanque comporta 83 litros. Bem robusto.
Mopar
Se der siga meu conselho e "moparize". Claro que o visual dianteiro da grade com câmera frontal e o design das sete fendas já agrada. É personalizado e de fácil reconhecimento global. Os faróis redondos e o capô longo também ajudam. Na traseira, as novas lanternas são contornadas em LED. Mas na vibe Mopar, o Gladiator cresce e não importa a versão: Overland, Sport ou Rubicon, a minha preferida.
A empresa oferece a possibilidade de troca das portas com estruturas tubulares, faróis de assistência e protetor de caçamba assim como ganchos de reboque. Duro vai ser encontrar fornecedor no Brasil para customizar do seu jeito. Acho que tudo isso faz parte do estilo. Da natureza da picape.
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* Viajou a convite da Jeep
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