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Jorge Moraes

REPORTAGEM

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Carro elétrico ainda mais caro? Montadoras pedem fim da isenção de imposto

Anfavea quer volta da cobrança do imposto de importação para carros elétricos, cuja alíquota era de 35% - Reprodução
Anfavea quer volta da cobrança do imposto de importação para carros elétricos, cuja alíquota era de 35% Imagem: Reprodução

Jorge Moraes*

Colunista do UOL

08/02/2023 04h00

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A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o governo federal estão em diálogo para uma possível taxação na importação de veículos elétricos.

Hoje, não há qualquer alíquota na importação de um elétrico.

Segundo a associação, ao cobrar imposto para trazer veículos a bateria fabricados em outros países, a produção nacional seria estimulada.

Durante todo o ano de 2022, foram emplacadas 8.458 unidades de veículos elétricos leves no Brasil.

Isso representa aumento de 197% em relação a 2021 (2.851 unidades).

Se a comparação for realizada com 2020 (801), o crescimento dos elétricos é bem maior, atingindo o percentual de 956%.

Atualmente, mesmo sem a cobrança do imposto de importação, os carros elétricos, todos trazidos de fora, são inacessíveis a grande parcela da população.

Elétrico mais barato custa cerca de R$ 150 mil

JAC E-JS1 custa R$ 145.900 - Divulgação - Divulgação
JAC E-JS1 custa R$ 145.900
Imagem: Divulgação

O mais barato é o JAC E-JS1, que sai por R$ 145.900. Segundo a Anfavea, o que encarece os modelos elétricos são justamente as baterias.

Em alguns países, como a Suécia, Reino Unido, Romênia, China, o comprador de um elétrico ganha subsídio para a aquisição. Ainda segundo a Anfavea, é preciso também estimular a produção local de baterias. No Brasil, alguns estados abrem mão do recolhimento do IPVA para estimular a fabricação.

Com a produção local e em larga escala de componentes como baterias e semicondutores, o custo dese itens será reduzido.

Como seria a taxação de elétricos?

Ainda não se sabe em quanto tempo teria início nem como seria essa taxação.

Para a Anfavea, quanto antes houver essa definição, melhor será para a cadeia produtiva. As montadoras trabalham com previsibilidade.

Uma das formas seria aumentar gradualmente ou então estipular um determinada quantia de veículos por ano. Ao passar desse limite, haveria a cobrança do imposto de importação, em alíquota a ser definida - anteriormente, ela era de 35%.

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*Colaboração de Rodrigo Barros