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Carro popular: por que alguns veículos 'baratos' não receberão desconto
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Os carros importados não entrarão no programa de descontos anunciado pelo governo federal. Com o corte de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e PIS/Cofins, o intuito é baixar o preço do carro de entrada. A medida foi anunciada na última quinta-feira (25). Porém, é válida, apenas, para os carros de até R$ 120 mil com fabricação nacional e deve durar somente quatro meses.
A reportagem questionou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para saber se os modelos importados no acordo Mercosul e México entram no programa. O MDIC confirmou a informação, por meio de e-mail, e disse que apenas "vale para modelos de até 120 mil produzidos no Brasil".
Desta forma, alguns veículos não terão redução no preço, como Peugeot 208 e Fiat Cronos (fabricados na Argentina), além do Nissan Versa (México). Apesar desses modelos custarem menos de R$ 120 mil (teto do projeto), a importação os desclassificam.
Vale destacar que os três modelos têm uma boa quantidade de emplacamentos no Brasil. O hatch 208 emplacou 6.365 unidades no primeiro quadrimestre deste ano. O Versa acumula 2.056 unidades no mesmo período. Já o Cronos soma 11.277 unidades.
O Peugeot 208 é vendido no Brasil com preços que partem de R$ 69.990 e chega a R$ 109.990, na versão Griffe (topo de linha). O Cronos parte de R$ 84.790 e vai até R$ 109.890. Já o Nissan Versa é vendido apenas em duas versões: Sense (R$ 101.190) e Advance (R$ 110.490).
Projeto
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, anunciou que o desconto vai variar entre 1,5% e 10,96%. Segundo o MDIC, esta é uma "medida temporária de estímulo para um setor que responde por 20% do PIB da indústria de transformação e está com 50% de sua capacidade instalada ociosa".
No anúncio, Alckmin ressaltou que os três requisitos para o programa são: menores preços do mercado; maior eficiência (aqueles que poluem menos); e densidade industrial (maior quantidade de peças e componentes nacionais).
Importante destacar que ainda não há nenhuma definição exata sobre essa medida. Agora, o Ministério da Fazenda tem um prazo de 15 dias para entregar os estudos completos, informando, por exemplo, a duração do programa de descontos para impulsionar a cadeia automotiva.
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*Colaborou Rodrigo Barros
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