Jorge Moraes

Jorge Moraes

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoCarros

Renault Scenic: voltamos no tempo ao rodar com primeiro monovolume nacional

Ainda lembro dele. O monovolume que "causava" entre as famílias, eleito por mulheres e homens como o melhor carro do segmento para dirigir. A posição do volante, o banco alto cheio de espuma estão na memória. Revisitamos o primeiro Scenic, modelo que deu início à largada Renault entre os carros família.

Produzido durante 26 anos, o Renault Scenic foi o primeiro monovolume nacional feito em série, e dado da fábrica paranaense também mostra que o veículo sobreviveu durante 12 anos e emplacou mais de 142 mil unidades de diferentes versões e configurações.

Os monovolumes tiraram de cena as peruas. Lembram deles? Meriva, Zafira, Picasso e vou encaixar aqui o bom Fit. Anos depois, nascia pelas mãos dos SUVs a revanche das stations. O modelo desapareceria por completo no Brasil, abrindo espaço para a onda dos utilitários-esportivos médios e compactos.

Encontrar o Scenic bem novinho foi como ligar o rádio e voltar no tempo. O Renault trazia inovações para sua época: devido ao design que permitia amplo espaço, contava com três bancos traseiros individuais e mesinha tipo aviação no encosto dos assentos dianteiros.

O porta-malas tinha 410 litros e cabia tudo. E no modelo 1998 das fotos, esse que você vê adesivado, peças e partes para serem homologadas antes do início da produção em série.

A fabricação no Brasil, iniciada em 1998, também trouxe soluções inéditas, nunca adotadas nas fábricas do Renault Group. "O Scenic não apenas criou um segmento, como inovou em seus processos de produção. O carro fabricado no Brasil foi o primeiro veículo da Renault no mundo a utilizar o processo de pintura à base de água", destacou o presidente da montadora, Ricardo Gondo.

No país, inicialmente, o monovolume Scenic chegou ao mercado na versão RXE com o motor 2.0 litros de quatro cilindros a gasolina e oito válvulas, capaz de desenvolver 115 cv, a 5.400 rpm, e 17,5 kgfm de torque, a 4.250 rpm, com câmbio manual de cinco marchas. Dirigi-lo foi passear pelo tempo menos distante dos automóveis antigos, clássicos que foram eternizados e não vejo isso por parte do mercado.

A Renault mantém viva a sua trajetória e lembra que logo após a sua estreia em 1999, também foi ofertada a versão RT, 1.6 16V (110 cv e 15,1 kgfm). Vocês lembram do eterno controle de satélite do rádio colocado no lado direito da coluna de direção? Eu gostava disso.

Ao longo dos anos, o modelo passou por diversas mudanças, incluindo uma reestilização em 2001, bem como recebeu motorização flex, opção de transmissão automática, além do motor 2.0 16V de 140 cv. Mas se foi.

Continua após a publicidade

Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes