Jorge Moraes

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Nada de alemãs: no Salão de Munique, são chinesas que ditam as regras

O maior salão do automóvel da Alemanha não é mais o gigante que estávamos acostumados a desbravar. O IAA deixou Frankfurt e passou a ser realizado em Munique para se tornar um compacto. É como deixar de jogar a Liga dos Campeões e passar a disputar disputar o Brasileirão.

O evento contou com lançamentos pontuais e o mínimo de fabricantes, sendo tomado por fornecedores e gigantes da cadeia automotiva. O Salão da Alemanha virou uma grande rodada de negócios com exposição de tecnologias - dezenas delas do nosso conhecimento, outras não.

Dentro destas mudanças, o evento foi tomado pelas marcas chinesas, que chegaram sem pedir licença e ocuparam o protagonismo de tradicionais montadoras alemãs como Audi, BMW, Volkswagen, Mercedes e Porsche.

Invasão chinesa

A Seres, que anunciou chegada ao Brasil no mês passado, se mostrou tão grande quanto a BYD. A empresa trouxe toda a família de SUVs e foca o trabalho na apresentação do Seres 3 e Seres 7. Outra que se destaca é a Leap, com seus modelos que começam com a letra C. Aí vem o CII Reev, C10, C11...

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Imagem: Jorge Moraes/UOL

A BYD merece ser estudada. A maior empresa de tecnologia da China exibiu o que pode ser o SUV fabricado em Camaçari (BA), na fábrica que terá sua pedra fundamental colocada em outubro.

O Seal U, SUV do sedã lançado no Brasil, tem a plataforma do Song Plus e deve ser opção para dar continuidade aos próximos passos do híbrido Song e elétrico Yuan. O Seal SUV é de melhor acabamento comparado ao Song e se aproxima do topo da gama BYD, o Tan.

A BYD também traz a marca Denza, joint venture fundada em 2010 com a Mercedes-Benz. E na parte de dentro do seu estande expõe a van D9. Modelo plug-in híbrido que também tem opção elétrica.

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E as alemãs?

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Imagem: Jorge Moraes/UOL

O grupo Volkswagen reuniu todo mundo em um só lugar, destacando o futuro elétrico com o protótipo ID GTI, ID-7, Audi Q6 e-Tron e Porsche Mission X - além de parte para os esportivos da Cupra.

A Mercedes-Benz, com dois carros em um acanhado estande, de pouco brilho, apresenta o conceito One 11 (111) e o E400 na combinação dos motores com 381 cv.

A BMW mostrou o Neuer Klasse, exibido na première do fim de semana, o I5 e o novo sedã - dono de exuberância visual e rico em tecnologias. Ainda mostrou o i7 na versão Protection, blindado de fábrica com um nível de acabamento exemplar para as blindadoras brasileiras.

Para finalizar o time alemão, o conceito Opel Experimental, cupê futurista e pronto para usar a tomada.

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Da Franca, apenas a Renault compareceu ao evento e exibiu o Scenic elétrico. Segundo o vice-presidente de vendas, Bruno Hohmann, a chance de o carro ser vendido no Brasil depende da consolidação do Megane e-tech.

Já as marcas sul-coreanas e japonesas optaram por não participarem do evento e apareceram apenas com alguns modelos em estandes de fornecedores de peças e equipamentos.

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