Jorge Moraes

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Tiggo 5X Sport é SUV nacional com preço de sedã compacto; veja a avaliação

Disputar a preferência do consumidor no mercado brasileiro entre os SUVs nacionais de entrada e os sedãs compactos mais completos é um desafio e tanto. O Tiggo 5X Sport, como aposta bem resolvida da Caoa Chery, tem ingredientes e receita para custar um pouco menos que um Hyundai HB20 sedã premium, Nissan Versa Exclusive, Volkswagen Virtus Highline e Honda City.

Desse jeito fica ficando complicado vender os sedã topos da gama no Brasil? Acho que sim, diante do cliente que corre para os braços do SUV e procura um outro status. Até prefiro sedãs aos automóveis de salto mais alto, mas me rendo ao que entrega mais por menos e não posso deixar de reconhecer isso. O Tiggo 5X Sport custa R$ 119,9 mil e tem praticamente tudo que você precisa.

É verdade que perdeu o pacote ADAS - auxílio de condução do condutor (Max Drive), assim como deixou de ter nessa versão o teto solar panorâmico para o 5X híbrido - que ainda tem motor mais eficiente auxiliado pela tecnologia M-HEV com 10 cv a mais, rodas maiores aro 18, faróis em LED, ar digital dual zone e a câmera 360. Mas e aí? Está na prateleira para quem desejar pagar mais, só optando pelo Pro.

Dirigindo o Tiggo Sport dá para perceber que a economia começa a se destacar dentro dele, e na minha cabeça os gatilhos que param de questionar os mimos e equipamentos ditos no parágrafo anterior. O consumo, dirigindo devagar, ficou na casa dos 9 Km/l de gasolina na cidade - e a promessa é de 11 Km/l na estrada.

O Tiggo 5X Sport tem os faróis halógenos que possuem o mesmo desenho da versão Pro e segue acompanhado de luzes diurnos em LED.

A engenharia da Caoa Chery tratou de alinhar o propulsor 1.5 turbo flex de 150 cv com etanol e 147 cv na gasolina, assim como o torque máximo de 21, 4 kgfm, disponível de 1.750 rpm a 4.000 rpm. A caixa CVT de nove marchas simuladas e uma rodagem aro 17 polegadas tornam a experiência de quem dirige ou vai como passageiro macia e mais agradável.

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Imagem: Jorge Moraes/UOL

O que não gostei a bordo? Talvez você nem perceba, mas o processador da central multimídia de 10,25 poderia ser mais rápido em relação ao Carplay com fio. Mas a exigência é minha no comparativo com processadores melhores. O cluster manteve o digital de sete polegadas.

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O painel é de toque suave e o volante tem design com base reta, multifuncional com regulagem de altura e de profundidade. A chave é de bom padrão e nem pense em tirá-la do bolso, pois o carro reconhece a presença e a distância.

Basta tocar no botão de partida que a luz ambiente com opções de cores no painel e nas portas traz a impressão de requinte, assim como os botões das funções do veículo. Nele, há a opção de transformar o modo de condução na função Sport. O carro é agradável de conduzir, silencioso.

O Tiggo 5X Sport goza de bom espaço com seus 4.318 mm de comprimento, 1.831 mm de largura e 1.679 mm de altura. A distância entre eixos é de 2.610 mm e o porta-malas tem uma capacidade de 340 litros (10 litros a mais) que exige arrumação da sua parte. Se precisa de mais bagageiro o dinheiro é outro. Ou vai para o Tiggo 7, por exemplo, dentro da marca, ou encara o festival de porta-malas que oferecem os sedãs compactos citados no começo do texto.

Poderia compará-lo com outros SUVs como Jeep Renegade de entrada, Chevrolet Tracker e Renault Duster, mas a proposta aqui foi dizer ao mundo dos sedãs que eles precisam seduzir mais em uma faixa de mercado bem competitiva, dos R$ 120 mil.

Na ficha está dito e conferido o Comando de Climatização à Distância (CCD); acionamento do motor pela chave; três entradas USB; compartimento refrigerado no console central; retrovisores com ajuste elétrico, rebatimento automático e desembaçador; chave presencial e botão de partida. São três anos de garantia para o carro e cinco para motor e câmbio.

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