Jorge Moraes

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Não é moda: por que os carros elétricos têm tudo para dar certo desta vez

Os carros elétricos estão se popularizando, mas ainda existem muitos consumidores carregados de receios de colocar um BEV na garagem. Há muitos anos, o mercado já tentou implantar esse tipo de automóvel, mas não deu certo. Contudo, as tecnologias eram diferentes e a capacidade de armazenamento da bateria também. Outrora, as células não eram recarregáveis, o que tornava o uso do carro elétrico impraticável.

Tudo mudou. De forma global, as empresas não param de desenvolver mecânicas e tecnologias para aumentar a capacidade das baterias. Vale ressaltar que ano a ano o custo para o armazenamento de kWh caiu e a projeção é que até 2030 reduza ainda mais.

Como exemplo, no Brasil já há carros com autonomia superior a 500 km, como o BMW iX, por exemplo. Considerando uma média diária de 40 km, daria para passar 12 dias longe da tomada. Algo que há poucos anos estava fora de cogitação, mas hoje já é uma realidade.

Em 2020, a venda global dos autos movidos a bateria era um pouco superior a 2 milhões. Em 2021 o número mais que dobrou e em 2022 chegou perto de oito milhões. A China é o principal mercado, mas noutros países, esse tipo de veículo também está se difundindo.

Outro aspecto que mostra o motivo de os elétricos darem certo é a quantidade de pontos de recarga para os automóveis. Segundo um relatório da Bloomberg NEF, o número de veículos elétricos ainda vai crescer e de carregadores também. "As vendas continuarão a aumentar nos próximos anos, passando de 10,5 milhões em 2022 para quase 27 milhões em 2026", aponta.

Um ponto complementar tem relação com os preços dos carros elétricos. No Brasil, por exemplo, o mais barato estava na casa dos R$ 150 mil (já custou mais). Hoje, porém, o mesmo carro é encontrado a partir de R$ 119.990 (Chery iCar). A Renault também trouxe o Kwid para a bandeira 1 de cobrança, antes dos R$ 130 mil.

Para o próximo ano a perspectiva é que o preço de alguns modelos de elétricos cheguem próximo a casa dos R$ 100 mil. Com preços menores, esse tipo de veículo se tornará mais acessível e o brasileiro vai olhar bem mais para os carros movidos a bateria. Além disso, a quantidade de eletropostos também irá facilitar a vida de quem tem esse tipo de automóvel.

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* Colaborou Rodrigo Barros

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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