Volks x GM fazem 'duelo dos lançamentos' com novos carros no país até 2028
Um clássico da indústria. De um lado a Volkswagen, que comunicou investimentos de R$ 16 bilhões até 2028 e 16 novos carros. Do outro, a Chevrolet, que na semana passada saiu do silêncio e anunciou R$ 7 bilhões dentro do mesmo período dos quatro anos.
São R$ 23 bi de novos recursos para atualizar as montadoras, cada uma com seu tamanho. Assim como a VW, a GM também pontuou que o montante serve para atualizar a gama e trazer novos automóveis para o negócio de híbridos e elétricos no Brasil.
Alemanha x Estados Unidos em múltiplas fábricas, reforçando o que já existe em campo e guardando segredos - como o novo SUV de Taubaté (longe de ser o VW Gol anunciado pela prefeitura de lá), a atualização do T-Cross, a picape Tarok (que será fabricada em São José dos Pinhais-PR) e uma gama de importados.
A GM tem pela frente a renovação da família S-10, Onix e Tracker. Lembro aqui os reforços já comunicados de Blazer e Equinox elétricos, escalados na pauta da gigante global.
A Chevrolet disse que as fábricas também receberão evoluções "modernas e sustentáveis". Em Brasília (DF), Shilpan Amin, presidente da GM internacional, falou do Brasil como polo exportador diante da centenária gravata dourada da marca.
Você conhece, você confia
A frase ou jargão que remete ao passado da gloriosa VW deve voltar como campanha. A assinatura de comunicação e marketing do CEO Ciro Possobom é romântica e remete aos gatilhos que inspiram a confiança na marca.
Possobom explicou: " ao contrário da China e da Europa, por exemplo, a Volks do Brasil vai manter a identidade local com foco no carro a combustão e no etanol". Ele falou dos híbridos e do que vem pela frente, mas sem dar nome aos produtos.
A plataforma MQB híbrida está pronta e o próprio Possobom já validou os dois produtos que darão a largada da VW no universo híbrido (leve, 48 V) - o mesmo que fez a Caoa Chery com a aplicação do sistema na gama.
A Volks buscará na história os elementos de confiança e durabilidade conquistados pela marca (o Gol era o embaixador de resistência) para dar o próximo passo. E, pelo que vi, dinheiro e volume de lançamentos não faltam. Serão quatro dos 16 novos automóveis somente em 2024.
Distribuir os recursos pelas plantas da Anchieta, Taubaté, São Carlos e José dos Pinhais, essa última sendo a única fábrica fora de São Paulo, mostra o quanto a gama será recheada de "novas soluções". O CEO da montadora disse com firmeza que reunirá as tecnologias, continuará apostando no flex (carros a combustão representam 95% do mercado) e que até o fim da década lançará o primeiro 100% elétrico feito no Brasil.
Antes do elétrico, a picape Tarok
Salão do Automóvel de 2018. O time do JC Pavone, hoje chefe de design para o mercado América do Sul, apresentava o anti-Fiat Toro. Mas foi só um suspiro, um show car. Agora, seis anos depois, finalmente ela é anunciada como realidade física. Em 2025, na virada da Toro, a Volkswagen tirará da cartola a Tarok, ou projeto 247 da MQB AO. Com opção híbrida? Acho que sim.
O utilitário dividirá a linha de produção com o novo T-Cross no Paraná, e certamente será lançado no próximo ano como modelo 2026. Nada cravado como data final, mas o veículo aproveitará o momento do 'Brasil picapeiro', em um segmento que não para de crescer.
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