Jorge Moraes

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Dia de piloto: como é acelerar picape em etapa da Mitsubishi Cup

Diferente de tudo, até mesmo dos carros esportivos que dirijo em autódromo e pistas específicas. Nesse caso, o controle é todo meu. Mas no rali, a história é outra: na Mitsubishi Cup, é fundamental ouvir tudo que o navegador conta.

A meta dos próximos 30 minutos iniciais da prova é terminar com as rodas no chão e entender que se você não é apaixonado pelo esporte vai mudar de opinião assim que vestir macacão, balaclava, luvas, calçar a sapatilha e sentar na posição que é desejada por 100% dos donos de carros. Ligue o carro e vibre com ele, com seu nome estampado na porta.

A Mitsubishi Cup, organizada pela Spinelli Racing, gera empatia por todos os lados. Os competidores pilotam a L200 de 225 cv com caixa manual de trocas curtas e suspensão vitaminada, reforçada ao extremo. O Eclipse Cross com 175 cv mais caixa de transmissão variável se transforma no SUV radical das pistas.

O piloto profissional Sérgio Sette Câmara esteve com o Eclipse e foi buscar, em três tempos de 30 minutos, se necessário, a garantia do melhor lugar no pódio. Ninguém precisa ultrapassar, é tirar o tempo, seguir as regras e descobrir somente no dia da prova qual será o traçado da pista, a área de radar e caprichar na munheca, na atenção e no pedal.

Com um navegador bom você faz quase tudo, mas é preciso não ter medo e saber frear certo, na cabeça da curva, negativa ou positiva, esquerda ou direita.

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Imagem: Divulgação

O pé direito no canto, a caixa manual e a voz no rádio comunicador do carona, mandante da cabine, que indica o próximo lance. O navegador trabalha no cálculo, na visão, e foi bom ficar ao lado do Matheus Mazzei, campeão dos Sertões em 2022. Aprendi muito.

A pilotagem da picape em um terreno próprio, rebelde, vai além do teste de rua ou da roça. Nele, o ponto da diversão é elevado ao máximo para garantir que a "brincadeira" da competição se torne sua nova realidade e obrigue a dupla a desligar o cérebro de tudo. E destaco que as mulheres mandam muito por aqui e são pilotos ou navegadoras.

A Mitsubishi Cup não é extrema e permite que o novato entre sem equipe, contrate o time de apoio e o reparo comunitário. Existem boxes que recebem seu veículo vendido e customizado. Sugiro que divida a compra do carro com o navegador da sua escolha e siga em frente.

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O desejo do presidente da Mitsubishi do Brasil, Mauro Correia, é tornar o campeonato, hoje regional, em nacional. Abrangendo lugares dos destinos das picapes nesse Brasil que descobriu a utilidade do veículo fora do trabalho no campo.

Lazer para quem vive o clima

Na sexta-feira do fim de semana faça de tudo um pouco na arena montada pela organização. Antes do briefing, encontre o tempo para o simulador, compre acessórios (se desejar), visite a butique do evento, faça massagem e até corte o cabelo sem gastar um tostão.

Percorra o ambiente para conhecer novas pessoas, descolar boas amizades e celebrar no jantar comunitário que entra pela noite. Ah! Leve a família porque eles também se divertem. Mas lembre-se que, no dia seguinte, são mãos ao volante e, claro, a busca pelo troféu da etapa. Como aconteceu em São José do Rio Preto, no apaixonante interior do estado de São Paulo.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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