Jorge Moraes

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Em queda, Corolla terá que plugar na tomada para não sumir das garagens

O desempenho do Corolla no Brasil neste ano mostra que a Toyota terá que se mexer para não deixar seu best-seller cair no ostracismo e sumir das garagens mundiais. Não à toa, rumores dão conta que a montadora japonesa deve criar versões híbridas plug-in na 13ª geração do modelo, prevista para 2026, para poder competir com os rivais chineses.

No primeiro semestre de 2023, o sedã tinha 80,95% de participação de mercado entre os médios no Brasil, com 19.852 unidades emplacadas. No mesmo período de 2024, a participação caiu para 65,75% e 16.502 emplacamentos.

E não foi, necessariamente, a migração de clientes para outros segmentos, como picapes ou SUVs. O número de sedãs médios vendidos até cresceu no país, quando comparamos o mesmo período dos últimos dois anos: 24.525 unidades vendidas no primeiro semestre de 2023, contra 25.097 vendas entre janeiro e junho deste ano.

Ou seja, clientes do Corolla podem ter migrado para sedãs de outras marcas. A principal mudança entre os dois anos está na chegada do BYD Seal, 100% elétrico que hoje ocupa a terceira posição entre os sedãs com 2.193 unidades vendidas neste ano, com 8,74% de participação no segmento.

E essa onda pode ser ainda mais desfavorável ao Corolla com a chegada do King, também da BYD. O sedã médio é híbrido plug-in e ainda não aparece forte nos números de emplacamentos, mas isso deverá mudar muito nos próximos meses.

Por mais conservadora que a Toyota seja, fazer mudanças significativas ou até mesmo pioneiras para se adaptar ao mercado não é um problema para os japoneses. Vale lembrar que o próprio Corolla foi o primeiro carro híbrido flex do mundo (HEV a gasolina e/ou etanol).

A questão é que os chineses chegaram com modelos que são recarregados na tomada, o que garante boas autonomias no modo 100% elétrico, sem consumir uma gota de gasolina, ou grande alcances no modo híbrido, permitindo grandes viagens com apenas um tanque de combustível.

Então não será surpresa alguma que em 2026 a nova geração do sedã chegue ao mundo com versões híbridas plug-in e, no Brasil, com a motorização flex. A Toyota já tem essa tecnologia de híbridos ligados na tomada, como na nova RAV4 que é vendida por aqui. Basta saber se caberá ao Corolla sedã ou ao Corolla Cross esse novo pioneirismo dentro da marca japonesa.

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