Perto de retorno, Salão do Automóvel de SP ganha sua primeira baixa
O Salão do Automóvel de São Paulo deve ganhar uma importante baixa para a próxima edição, confirmada para o fim de 2025 pela Anfavea, a associação que representa as montadoras. A Abeifa, entidade formada pelas marcas que importam seus veículos para o Brasil, já se manifestou que não tem interesse em participar do evento.
A confirmação foi dada por Marcelo Godoy, presidente da entidade e também comandante da Volvo no Brasil. A marca sueca, inclusive, também não estará no salão. O executivo ainda afirmou que os demais associados da Abeifa (12 no total) decidirão individualmente se participarão ou não do evento.
Pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Anfavea, o retorno do Salão do Automóvel foi anunciado recentemente pelo mandatário da entidade, Marcio Lima. Em contato com a coluna, o executivo afirmou que 14 marcas manifestaram interesse em participar do evento - e outras também estariam pedindo para participar. Os nomes das empresas, porém, não foram revelados.
Um dos motivos da recusa da Abeifa estaria em proposta feita aos recém-chegados BYD e GWM, que teriam espaço privilegiado na mostra. Isso teria causado descontentamento nas demais marcas importadoras. Outro motivo estaria na queda de braço entre Anfavea e fabricantes de fora do país sobre a retomada do imposto de importação.
O ideia da Anfavea é manter o mesmo padrão das edições anteriores que aconteceram até 2018 e realizar o evento a cada dois anos. Além das montadoras, a ideia é contar com a participação de entidades como Sindipecas e Fenabrave, representante dos concessionários.
O Salão do Automóvel de São Paulo não acontece desde 2018. Em 2020, a RX, promotora do evento, tentou fechar os espaços e negociar os estandes, mas a falta de interesse dos fabricantes e a mecânica antiga da exposição, caro e sem foco na venda de veículos, encerrou um capítulo na história da indústria nacional - pelo menos até agora.
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