Como McLaren fez "sem querer" seu primeiro superesportivo de rua
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(SÃO PAULO) - Muitos lembram do F1 como o primeiro carro de rua da McLaren. Bem, se estivermos falando apenas de modelos com uma carreira comercial, sim, o superesportivo apresentado em maio de 1992 é o primeiro exemplar da fabricante inglesa não restrito às pistas.
Mas, tecnicamente, é o M6GT tal pioneiro - ou a "gênese da atual linha McLaren de carros esportivos de rua", segundo a própria marca.
Revisitando a história da empresa entende-se como o M6GT nasceu. Fundada em 1963 pelo piloto neozelandeses Bruce McLaren, a Bruce McLaren Motor Racing corria tanto na Fórmula 1 quanto na Canadian American Challenge Cup a partir da segunda metade daquela década. Em épocas diferentes, o time foi protagonista nos dois campeonatos.
Antes do sucesso na F1 - onde venceu 182 corridas, 12 campeonatos de pilotos e oito de construtores -, a equipe dominou a Can-Am. O auge foi em 1969, quando ganhou as 11 corridas da temporada. Bruce subiu no topo do pódio seis vezes e seu companheiro (e conterrâneo) Denny Hulme, cinco.
O M6GT aparece na história da McLaren quando Bruce decide enfrentar nomes como Porsche e Ferrari no Grupo 4, categoria do automobilismo que reunia carros do tipo Grand Turismo. Bruce então desenha uma nova carroceria e monta sobre o chassi do M6, o carro que disputava a Can-Am.
Porém, às vésperas da temporada de 1969, a Federação Internacional de Automobilismo mudou as regras, exigindo das equipes ao menos 50 carros homologados para as ruas em troca do ingresso à cobiçada divisão. Sem condições de atender as novas exigências, a escuderia desistiu do Grupo 4.
Mas não do carro, pois quatro deles já estavam finalizados: um amarelo, um laranja e dois vermelhos - um deles, o da placa OBH 500H, foi o carro usado por Bruce diariamente. Para ele, o M6GT deveria ser o superesportivo mais extraordinário do seu tempo. Equipado com um motor V8 da Chevrolet, tinha velocidade máxima estimada em 265 km/h.
O plano era produzir 250 unidades. Mas a carreira do M6GT parou no dia 2 de junho de 1970, quando Bruce morreu em um acidente no circuito de Goodwood, testando um novo carro para a Can-Am. A equipe seguiu, mas seus novos donos não se interessaram em dar continuidade ao esportivo.
Tinha um à venda
Em 2015, a filha de Bruce McLaren, Amanda, apareceu dirigindo o M6GT que era de seu pai no Goodwood Revival. O carro hoje pertence a um colecionador norte-americano.
Há cerca de dois anos, um dos M6GT foi posto à venda. Tratava-se do laranja, único exemplar não convertido a partir de um M6 da Can-Am, mas sim construído do zero.
De acordo com o anúncio, o carro fora enviado para os Estados Unidos e exibido no Salão de Nova York antes de ser vendido a uma empresa. Por ele, a Race Cars Direct pedia £ 250 mil (R$ 1,3 milhão).
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