Conversível que transportou JFK antes de assassinato é vendido por R$ 2 mi
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(SÃO PAULO) - Penúltimo carro usado por John F. Kennedy, o Lincoln Continental que transportou o ex-presidente dos EUA na manhã do seu assassinato foi leiloado pela Bonhams por US$ 375.075 (R$ 2,1 milhões).
"John e Jackie Kennedy acordaram no Fort Worth Hotel na manhã de 22 de novembro de 1963, ligaram para seus anfitriões para agradecê-los pelo cuidado dispensado e foram transportados por este Lincoln Continental branco novinho em folha, que havia sido emprestado pelo revendedor de automóveis local Bill Golightly para um café da manhã onde o presidente falou para uma multidão considerável sob uma chuva leve. Saindo do veículo, embarcaram no avião que os esperava para a fatídica viagem a Dallas, onde a morte do presidente chocaria uma nação", relata a casa de leilões.
Pintado na cor Ermine White e equipado com um motor 7.0 V8 de 325 cv, foi produzido no dia 3 de novembro daquele ano. Após o empréstimo ao governo dos EUA, voltou para o concessionário e só foi vendido em 1964. Três anos depois foi parar no Museum of American Tragedy, para na sequência trocar de mãos entre colecionadores e ser leiloado, em 2013, por US$ 318 mil.
No meio do caminho passou por uma restauração, quando ganhou novo motor e foi repintado. O interior, contudo, manteve as condições originais.
Continental, 80
Em março de 1939, Edsel, filho de Henry Ford, foi passar férias na Flórida (EUA) desfilando ao volante de um modelo desenhado e construído exclusivamente para ele. Então presidente da empresa, Edsel recebeu tantos elogios pelo carro que mandou produzi-lo em escala.
Em dezembro daquele ano, então, o Continental começou a ser produzido como o carro topo de linha da Ford - que, vale lembrar, havia comprado a Lincoln em 1922 para ser sua divisão de luxo e concorrer com o Cadillac, da General Motors. A base era um Lincoln Zephyr.
Talvez a mais brilhante, elegante, consistente e famosa geração do Continental seja esta quarta, lançada em 1961. Considerado uma resposta americana ao inglês Rolls-Royce, apresentava inéditas soluções de construção.
Como as portas traseiras do tipo "suicida", que se abriam no sentido contrário, ampliando a entrada dos passageiros - mesmo na rara configuração conversível. Cada motor era levado ao limite de sua rotação por três horas, e depois desmontado para inspeção. O controle de qualidade era composto por 200 itens, e a garantia era de dois anos, algo raro na época.
É também dessa fase o Continental que, após se esticado para virar limusine e ganhar sirenes e estribos laterais, se tornou o carro oficial de Kennedy - e no qual fora baleado naquela tarde de 22 de novembro, na Dealey Plaza. Faz parte atualmente do acervo do Henry Ford Museum, em Dearborn, Michigan.
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