Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Em 60 anos, Mini Countryman foi de ícone cultural a SUV híbrido de luxo
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(SÃO PAULO) - Carros eletrificados precisam mesmo ostentar visual futurista, agora que fazem e farão cada vez mais parte do presente? Ou a extravagância estética serve como embaixadora de tempos que acabaram de chegar, e portanto ainda parecem estranhos, como o próprio futuro?
O Mini Cooper SE Countryman ALL4 talvez seja o representante máximo dos automóveis que mantiveram a eletrificação dentro de certa normalidade plástica - a versão apenas com motor a combustão é praticamente idêntica à que recorre a baterias.
Até por obrigação, pois quando se trata de um Mini, tradição é essencial. Não que os modelos de agora sejam iguais ao original, de 1959. São similares, no comportamento e no visual, ao Mini relançado em 2001, este já uma tradução honesta do seu antecessor, que permaneceu substancialmente inalterado até sair de linha, em 2000, após 5,3 milhões de unidades produzidas.
Os ares de Mini do Século 21 se repetem na cabine. Surpreendentemente espaçosa, mantém a arquitetura dos Minis pós-BMW, marcada por um display central (de operação fácil depois de um começo meio truncado) com comandos logo abaixo emulando interruptores.
À frente do condutor, um volante de pegada e diâmetro ideais. Atrás dele, outro mostrador, agora simplificando a dinâmica da propulsão como poucos híbridos conseguem. Bancos merecem menção pelo acabamento impecável e pelo conforto, e contam com a ajuda do sempre generoso extensor de assento. Atrás, espaço muito bom para dois adultos. No porta-malas, bons 405 litros.
Quando híbrido, o Countryman junta ao motor 1.5 tricilíndrico turbo (136 cv e 22,4 kgfm de torque) um propulsor elétrico de 88 cv e 16,8 kgfm. Juntos, chegam a 224 cv e 39,2 kgfm, administrados por um câmbio automático de seis marchas.
É o bastante para o Countryman reagir instantaneamente a uma investida forte no acelerador e saltar à frente dos outros carros que largam do semáforo. Por outro lado, quando movido apenas por eletricidade, percorre até 52 quilômetros. Não é pouca coisa.
São três modos de condução eletrificada. No "Max eDrive", a propulsão é totalmente elétrica. O modo "Auto eDrive" combina os motores a combustão e elétrico, enquanto o "Battery" trabalha o reaproveitamento de energia nas desacelerações para carregar as baterias. Segundo dados do Inmetro, o modelo faz 22,3 km/l na cidade e 23,6 km/l na estrada, com consumo energético de 0,88 MJ/km.
Diverte ao volante? Sim. Soa como um Mini? Nem sempre: a direção é aguçada e o tal do "kart feeling" está ali, mas não em sua plenitude. Afinal, com 1.715 kg, o Countryman é pesado.
Van, 1960
Em 26 de agosto de 1959, nascia um dos carros mais revolucionários da indústria automotiva. Planejado por Sir Leonard Lord e projetado por Alexander Arnold Constantine Issigonis, o que era para ser apenas um carro compacto moderno, prático e barato, tal como Fusca e 2CV, virou um ícone cultural, tal como o Volkswagen e o Citroën: Morris Mini-Minor, ou Austin Seven.
As duas marcas trilharam histórias distintas até 1951, quando se fundiram sob o conglomerado British Motor Corporation. Daí existirem duas "versões" praticamente idênticas do mesmo carro.
O segundo membro da família foi revelado já em janeiro de 1960: com 3,3 metros de comprimento (ante 3,05 m do original) o Mini Van levava duas pessoas e seu compartimento de carga sequer tinha janelas. Mas agradou bastante comerciantes que precisavam carregar objetos maiores num carro compacto o bastante para serpentear congestionado trânsito inglês.
Quando ganhou uma versão de passageiros, com banco traseiro e janelas, virou Morris Mini-Traveller. Ou Austin Seven Countryman.
Em 2010, o Countryman foi o primeiro Mini com quatro portas e com mais de 4 metros de comprimento.
Em 2017, a segunda geração da reencarnação do Countryman estreou.
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