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Por que incêndio que destruiu Mercedes de Senna não tem conclusão ou réus
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(SÃO PAULO) - Há pouco mais de um mês noticiei aqui o fim trágico de um dos carros que Ayrton Senna teve, um Mercedes-Benz 300 TE 1986 - que, suponho, foi comprado pelo piloto na Europa e depois exportado para o Brasil. Não foi tão famoso quanto o Honda NSX ou o Audi S4 Avant, mas era um dos preferidos do tricampeão, segundo seu irmão, Leonardo.
Sabe-se que o incêndio foi intencional: na noite de 4 de outubro de 2019, invadiram o galpão onde o Mercedes - e outros veículos que um dia integraram a coleção JORM - eram guardados, em Limeira (SP), e simplesmente atearam fogo nos carros. Uma desavença entre o proprietário da coleção e um antigo vigia do local teria sido a motivação do crime.
O que o inquérito policial não define é o autor (ou autores): "pelos elementos coligidos no curso das investigações, não é possível atribuir, com a certeza necessária, a autoria do crime de incêndio ao investigado".
Agora a coluna teve acesso ao laudo pericial executado pelo Instituto de Criminalística da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, que relata que o fogo teve início sob o mezanino, próximo à extremidade direita do galpão (construído em "L"), se espalhando até a parede oposta. Alguns veículos se encontravam parcialmente queimados, indicando o caminho de propagação das chamas, da área sob o mezanino para o interior do galpão.
Segundo o documento, as paredes abaixo do mezanino apresentavam sinais de desmoronamento, as colunas que separavam os portões sanfonados apresentavam rachaduras e as vigas de sustentação aparentavam estar curvadas, tal a intensidade do fogo.
Tal qual o inquérito, frustra quem busca mais respostas sobre o crime: "não foi possível determinar o que provocou o incêndio, dado o nível de carbonização dos veículos, bem como a impossibilidade de adentrar a área atingida pelas chamas no momento da perícia".
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