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Ford F-100 Eluminator amplia time de clássicos com motor elétrico; relembre
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(SÃO PAULO) - Tradicional fornecedora de peças e acessórios para personalização de veículos nos Estados Unidos, a Ford Performance Parts apareceu na última semana com uma F-100 1978 um tanto diferente: no lugar do tradicional V8 a gasolina sob o capô, dois motores elétricos, um em cada eixo, despejam 486 cv e 88 kgfm de torque nas quatro rodas da picape.
Conceitual, a F-100 Eluminator é apenas uma jogada de marketing para divulgar o primeiro propulsor elétrico "de prateleira" da Ford Performance Parts, vendido no varejo por US$ 3.900 (algo em torno de R$ 18.600). Segundo a empresa, o primeiro lote está esgotado e há fila de espera pelo motor.
"O fato é que o desempenho dos carros elétricos é divertido e conforme a indústria avançar na eletrificação, o automobilismo e o mercado pós-vendas também vão", diz Mark Rushbrook, diretor global da Ford Performance.
A F-100 Eluminator se junta a um time cada vez mais numeroso de clássicos com motores elétricos - o que a Federação Internacional de Veículos Antigos já descartou como legítimo: "a conversão de um motor original a combustão para um elétrico não está de acordo com a definição do que é um veículo histórico para a FIVA. Na visão da entidade, veículos assim convertidos deixam de ser históricos".
De Kombi a E-Type
Trata-se de um movimento que se intensificou na última década.
Uma das primeiras a romper com a tradição foi a Jaguar. "Combinando a experiência em restauração com a tecnologia de ponta do Jaguar I-PACE, a Jaguar Classic oferecerá soluções personalizadas para os modelos E-Type restaurados e convertidos em veículos elétricos", explicou à época a empresa, que oferecia o serviço aos donos de E-Type, prometendo, inclusive, reverter a operação caso o dono se arrependesse.
Muitos componentes foram emprestados do I-Pace, SUV elétrico da Jaguar. A autonomia é de 270 km e a bateria, de 40kWh, pode ser recarregada entre seis e sete horas, dependendo da fonte de energia.
Outras duas montadoras inglesas que desfiguraram a essência de seus clássicos foram a Mini - que durante o Salão de Nova York de 2018 apresentou um Cooper 1998 totalmente restaurado e eletrificado, com um motor de 40 cv - e a Aston Martin, que anunciou um programa de conversão com o intuito de "mitigar qualquer futura legislação que restrinja o uso de carros clássicos".
O primeiro carro escolhido foi um DB6 Volante 1970. A marca inglesa comparava o sistema a uma fita cassete, já que todo o conjunto do trem de força podia ser instalado em qualquer Aston Martin existente e eventualmente removido, caso o proprietário decidisse retomar a propulsão original do carro (no caso do DB6, um seis-cilindros em linha, de 4 litros).
Há cerca de dois anos, a Volkswagen apresentou a e-Bulli, que praticamente manteve só a carroceria da Kombi original.
O motor a ar de originais 45 cv foi substituído por um elétrico, de 83 cv. Já o torque mais que dobrou, chegando a 21,2 kgfm. O câmbio passou para automático, de duas marchas - uma pra frente e outra pra trás. Ao menos a tração se manteve no eixo traseiro. De acordo com a VW, a velocidade máxima é limitada a 130 km/h. E em 40 minutos 80% da bateria está recarregada, enquanto a autonomia total é de 200 km.
Um pouco antes, no Salão de Frankfurt de 2019, um Fusca virou e-Beetle ao ser equipado com o conjunto elétrico do e-Up, um carro de linha da Europa. A pura conversão custava cerca de R$ 180 mil, mas pelo veículo completo a eClassic pedia R$ 450 mil.
Já a Renault substituiu o motor quatro-cilindros de 747 cc e 24 cv de um Plein Air por um elétrico de 17 cv. A base era do Twizy. No entanto, o e-Plein Air não passou de um conceito.
Até a Nissan, tímida no universo dos clássicos, se empolgou com o tema. Para comemorar os 35 anos da planta de Sunderland, a Nissan pegou um Bluebird, primeiro modelo a entrar na linha de produção da marca no Reino Unido e cuja produção totalizou 187.178 unidades, de 1986 a 1990 - e o equipou com a matriz elétrica do Leaf.
Quanto à cor, a inspiração foram os traços de design da tecnologia de consumo dos anos 1980, combinada com uma estética do século XXI, segundo a marca.
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