Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Carro exterminador: como é nova arma letal usada na luta contra o crime
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A discussão sobre o uso de robótica para trabalhos que seriam realizados por humanos é sempre uma questão mais ética do que tecnológica. Recentemente os líderes do governo de São Francisco, na Califórnia, aprovaram o uso de carros robôs com capacidade de matar pela polícia. A máquina será equipada com armas e poderá atuar quando o risco de perder vidas policiais for muito alto.
A Polícia de São Francisco já tem 17 robôs em seu arsenal, mas nenhum deles está armado. Atualmente, os equipamentos, que são "carrinhos" equipados com radares, sensores e outras tecnologias, são utilizados para avaliar bombas e como observadores da polícia em situações de baixa visibilidade.
De acordo com um porta-voz do departamento, não há planos de novas aquisições. No entanto, os robôs já existentes poderão ser equipados com cargas explosivas "para contatar, incapacitar ou desorientar suspeitos violentos, armados ou perigosos durante situações de emergência em que vidas estejam em risco'', afirmou a polícia.
A supervisão da polícia decidiu que os carros robôs capazes de matar só poderão ser utilizados depois de se esgotarem as alternativas ou táticas de controle da situação, ou então quando for concluído que a equipe não é capaz de desarmar o criminoso de outras formas. Além disso, apenas um número limitado de oficiais de alto escalão poderá autorizar o uso de robôs como uma opção de força letal.
"Robôs equipados dessa maneira só seriam usados em circunstâncias extremas para salvar ou evitar mais perdas de vidas inocentes", disse Allison Maxie, porta-voz do Departamento de Polícia de São Francisco, em comunicado.
Decisão polêmica
A decisão, que foi tomada por oito votos dos supervisores da polícia de São Francisco a três, recebeu duras críticas de líderes e membros da sociedade civil. O argumento é de que a iniciativa passa a militarizar a força policial.
De acordo com o The Guardian, ao defender a proposta, David Lazar, subchefe de polícia de São Francisco, citou o tiroteio em massa que aconteceu durante um festival de música em Las Vegas, em 2017, como exemplo do tipo de situação que poderia exigir o uso de um robô equipado com explosivos.
Outros acreditam que o robô capaz de matar tiraria do criminoso o direito à ampla defesa. "Estamos vivendo um futuro distópico, onde debatemos se a polícia pode usar robôs para executar cidadãos sem julgamento, júri ou juiz", disse Tifanei Moyer, advogado sênior do Comitê de Advogados para os Direitos Civis da Área da Baía de São Francisco à Fox News.
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