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Cansado de ir à escola a pé, adolescente constrói carro com R$ 2,5 mil
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Cansado de andar quase uma hora por dia, para ir e voltar da escola, um adolescente de 16 anos foi capaz de construir um carro e reduzir o seu tempo de locomoção para apenas 10 minutos. Morador de Sinaloa, no México, Rosvel Emir, com ajuda do seu pai e 9 mil pesos mexicanos, cerca de R$ 2.500, utilizou materiais reciclados e chapas de aço para construir o seu veículo.
O engenheiro Marco Colosio, diretor da seção São Paulo da SAE Brasil, explica que, para construir o carro, além dos materiais certos, Rosvel contou com uma profunda visão de engenharia.
"É um excelente projeto, com muitos conceitos de engenharia. Mostra que, muito além de ter as peças, é preciso saber como usá-las. Uma visão de engenharia nítida do garoto. Está de parabéns", opinou.
Segundo o estudante, a inspiração foram outros carros artesanais que viu na internet e até mesmo veículos de montadoras, porém tudo precisou ser adaptado ao material que eles tinham em casa, ou encontravam em revendas de sucatas.
"A partir de peças encontradas em local de sucata ele chegou à construção de um carro. As rodas, aparentemente, são de um carrinho de golf ou de um quadriciclo, que deveriam estar sucateadas. Para o volante, ele soldou elos de correntes utilizadas em portões. Para o tanque, foi usado um botijão de gás, e ele ainda adaptou um pequeno filtro de combustível, normalmente usado em pequenos motores a combustão", explica Colosio.
Para a passagem de combustível para alimentação do motor, foram usadas mangueiras simples, de chuveiro ou jardim. Já o assento é uma cadeira de escritório. "O motor é um Italika de baixa cilindrada, usado em pequenas motos, que devia estar sucateado. Também temos diversas peças feitas com adaptação de solda em pedaços de chapa de aço, como os pedais", diz o engenheiro.
Veículo não poderia ser utilizado no Brasil
Apesar da dedicação de Rosvel, no Brasil, o veículo não poderia ser utilizado para ir à escola, a não ser que uma série de burocracias fossem cumpridas para legalizá-lo. O advogado Marco Vieira, Conselheiro Estadual do Cetran e membro da Câmara temática de Esforço Legal do Contran, explica que no país, para um veículo artesanal circular em vias públicas, ele deve estar registrado e licenciado junto ao Detran do domicílio do seu proprietário.
"O artigo 106 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que, no caso de fabricação artesanal, será exigido, para licenciamento e registro, Certificado de Segurança Veicular (CSV) expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal", explica o advogado.
Além disso, todo veículo artesanal deve ter um projeto técnico assinado por engenheiro responsável técnico, com formação ou habilitação na área mecânica, conforme regulamentação do respectivo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
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