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Heróis da resistência: 4 bons hatches provam que você não precisa ter SUV
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Apesar de a categoria de hatches ser vista, atualmente, como a de "carros de entrada", há grande variedade entre as opções do mercado.
Em tempos nos quais muitos consumidores preferem os SUVs, existem hatches tão ou mais equipados que vale a pena considerar.
Além disso, os compactos, via de regra, costumam ser mais acessíveis
Nas últimas semanas, testei quatro hatches completamente distintos.
Rodei com modelos equipados com câmbio manual e automático, incluindo um exemplar elétrico e até uma opção premium.
Afinal, todos eles valem a pena?
Confira e veja se um dos hatches a seguir combina com o seu bolso e as suas necessidades.
Volkswagen Polo 170 TSI
O modelo mais simples da lista é o Volkswagen Polo 170 TSI, a versão mais barata com motor turbo do hatch.
Em sua última atualização, o veículo sofreu um downgrade: teve o motor 200 TSI 1.0 turbo de 128 cv e 20 kgfm de torque substituído pelo 170 TSI de 116 cv e 17 kgfm, que equipava o up!.
O propulsor é associado a uma transmissão manual de cinco marchas e o veículo tem preço sugerido de R$ 94.490.
Ao volante, o carro evolui bem, apesar de os 12 cv que se foram tenham deixado saudade.
Enquanto o antigo Polo era divertido de dirigir, o atual cumpre o que promete, sem sobras. Os freios traseiros também desceram de categoria: os discos foram substituídos por tambores, já que o modelo está menos potente.
O que mais incomodou foi a lista enxuta de equipamentos para um carro de quase R$ 95 mil.
A versão não tem câmera de ré, apenas sensor de estacionamento. O acabamento interno cumpre a proposta de ser bem simples.
Em compensação, a direção é leve e o câmbio tem bom encaixe de marchas. Se vai valer a pena frente aos concorrentes, que têm opções mais baratas com conjunto similar ou mais equipado, vai depender da negociação.
Hyundai HB20 Platinum Plus
Passando de uma opção manual para um hatch de "entrada" topo de linha, o Hyundai HB20 Platinum Plus tem equipamentos que dão inveja em muitos modelos premium e cobra R$ 117.090 por isso.
O conjunto motriz é composto pelo motor turbo 1.0 TGDI de até 120 cv e 17,8 kgfm de torque, combinado com uma transmissão automática de seis velocidades.
Dentre os pontos positivos está o acabamento, com materiais macios ao toque nas áreas de contato e bons encaixes, alé, da lista generosa de equipamentos.
A versão tem central multimídia de oito polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio e auxílios à condução: assistentes de centralização em faixa, sistema de frenagem autônoma de emergência, piloto automático, tráfego cruzado traseiro, carregador sem fio para smartphone, detector de fadiga e farol alto adaptativo, dentre outros.
Apesar de o motor responder bem aos comandos nos pedais, sem faltar fôlego nas arrancadas e nas retomadas, o tremor, que é consequência da arquitetura de três cilindros, incomoda.
Após um trajeto de trânsito intenso em baixas velocidades, é possível sentir o impacto da vibração, causando certo cansaço nos braços.
Pelo preço, também é importante avaliar o grau de utilidade das tecnologias semiautônomas no seu dia a dia, já que elas são relevantes e aumentam a segurança, mas nem todos se adaptam.
Chevrolet Cruze Sport6 RS
Uma espécie praticamente em extinção, o Cruze RS é um hatch médio que pode ser considerado premium, antigo concorrente do saudoso Volkswagen Golf.
Seu ponto alto, certamente, é a dirigibilidade: tem um motor 1.4 turbo de 153 cv e 24 kgfm de torque e freio a disco nas quatro rodas.
É a melhor opção desse segmento para quem busca esportividade, com um estilo de condução muito divertido, mas custa R$ 168.190.
Nessa versão, há detalhes em preto na grade, logotipo, spoiler traseiro, teto, entre outros. O acabamento interno também agrada, sendo superior ao do próprio Tracker, modelo que tem projeto mais novo e, dependendo da versão, preços semelhantes.
O Cruze RS deixa a desejar, no entanto, na lista de equipamentos.
Logo de cara, sentia falta das borboletas para trocas manuais atrás do volante, a troca é feita pela alavanca de câmbio, o que "quebra o clima" esportivo.
O carro tem ar-condicionado automático, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, central multimídia, botão de partida e faróis automáticos.
Contudo, poderia ter tecnologias de direção semi autônomas. Ainda assim, vale a pena para quem busca um hatch, de fato, esportivo.
Renault Kwid E-Tech
Um dos elétricos mais baratos do Brasil, o e-Kwid também é a opção mais diferente da lista.
Para começar, estamos falando de um subcompacto de quase R$ 150 mil.
O motor elétrico tem 65 cv e 11,5 kgfm e, apesar de parecer pouco, o torque imediato proporciona uma condução bem agradável até os 80 km/h.
Por isso, o Kwid elétrico é, mais do que tudo, uma opção urbana.
Fácil de estacionar por conta do porte e da câmera de ré, tem direção macia, câmbio automático e acabamento superior ao do Kwid a combustão, com apliques acolchoados nas portas.
Tem autonomia para rodar até 298 km em trajetos urbanos, mas não recomendo usá-lo em viagens, já que a baixa potência pode prejudicar a chegada em velocidades mais altas, tornando as ultrapassagens mais perigosas.
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