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Ruim para quem comprou: 5 carros que baixaram de preço desde o lançamento
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Comprar um produto e, dias depois, perceber que ele entrou na promoção é uma situação indigesta pela qual muitos já passaram. No entanto, quando estamos falando de um carro, o assunto deixa de ser um "mero aborrecimento", já que o bem que você tem na garagem acaba desvalorizando por tabela. O cenário é um tanto incomum, principalmente com a inflação que automóveis sofreram nos últimos anos, mas esses cinco modelos deixaram muitos proprietários chateados - e futuros consumidores felizes.
O que, por um lado, é excelente para quem vai comprar um carro novo, e positivo para a competitividade do mercado, pode ser angustiante para quem já comprou o produto. Isso porque a desvalorização é um fator comum para todos os carros, pois seu valor diminui com o tempo devido ao uso, desgaste e novos modelos lançados no mercado.
No entanto, quando um carro zero tem seu preço reduzido após o lançamento, a desvalorização inicial é maior do que a esperada. O que, sem dúvidas, é frustrante para os primeiros clientes, pois eles perderam dinheiro ao comprar o veículo por um preço mais alto do que o atual.
A queda de preço acontece por diversos motivos: falta de demanda ou interesse do mercado pelo carro; erro no posicionamento do produto ou para queimar um estoque para que uma nova versão do veículo ocupe seu lugar.
Preços em queda
A Peugeot foi uma das montadoras que reduziu o preço de seus carros poucos meses após o lançamento. A situação aconteceu com a linha 208, quando, em maio de 2022, a marca baixou, em média, R$ 5 mil nas principais versões.
O abatimento já foi compensado pelos ajustes mensais, no entanto, na época, o e-208 GT, modelo elétrico que estreou em 2021 por R$ 244.900, e chegou a custar R$ 270 mil, também passou pela redução. Para essa versão, o ajuste se mantém até hoje: o carro custa R$ 225.990. A principal justificativa é o preço dos concorrentes premium, principalmente o Volvo XC40, que estava bem próximo.
Outro modelo eletrificado que teve seu posicionamento ajustado foi o Jeep Compass 4xe. O híbrido foi lançado em abril de 2022 por R$ 349.990. No entanto, apesar de o preço de R$ 338.400 aparecer no configurador do veículo, há meses, a versão está disponível na área de "Ofertas" do site da Jeep por R$ 284.640, um desconto de mais de R$ 50 mil. A situação é um exemplo de desvalorização de produto, já que quem comprou em abril de 2022, segundo a KBB, viu o carro desvalorizar 25,18% em um ano.
O Nissan Leaf 2023 chegou ao mercado brasileiro em julho de 2022 por R$ 293.790, mas com o passar dos meses o preço chegou a ser ajustado para R$ 298.490 - quantia que aparece até hoje na aba de "configuração" do site da marca.
No entanto, desde janeiro a japonesa oferece um bom desconto para o preço se equiparar ao dos principais hatches elétricos do mercado. No setor de ofertas, o veículo é anunciado por R$ 242.250.
Saindo do mundo eletrificado, a picape Jeep Gladiator também passou por um ajuste de rota. Lançada no meio do ano passado por R$ 499.990, o modelo vem sendo oferecido por R$ 459.990. A oferta tinha prazo para acabar, mas foi prorrogada e segue da página de promoções da Jeep.
A linha 2023 do SUV Ford Territory chegou em setembro do ano passado por R$ 216.120, com o passar dos meses, seu preço subiu para R$ 219.390. No entanto, já é oferecido no site da Ford por R$ 199 mil, na divisão de ofertas. Nesse caso, é bom lembrar que a nova geração do modelo está sendo preparada para os próximos meses.
Muita gente vai passar por isso
Se você tem um amigo que comprou um desses veículos pelo preço cheio, é bom não debochar dele por enquanto. Brincadeiras à parte, nos próximos meses, muitos brasileiros passarão por situação parecida. Isso porque o governo federal já anunciou um pacote de medidas para aumentar o acesso dos brasileiros ao carro zero-quilômetro, com descontos de 1,5% a 10,79%.
Isso quer dizer que quem comprou um carro de até R$ 120 mil nos últimos meses vai sentir um gosto amargo na boca. A diferença é que a medida do governo durará entre três e quatro meses, mas será o bastante para mexer com os preços do mercado de usados.
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