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Polícia Civil usa frota com mais de 13 anos e carros que já saíram de linha
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Quem passa pela região central da cidade de São Paulo está acostumado a ver membros da Polícia Civil circulando em modelos como Volkswagen Parati e Chevrolet Meriva, carros que saíram de linha há anos. São veículos comprados entre 2009 e 2010, ou seja, com mais de 13 anos de uso, mas que aparentam estar bem conservados. Afinal, eles ainda servem para correr atrás de bandido?
Os modelos flagrados pela reportagem pertencem ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), que investiga crimes contra o consumidor, a saúde pública, o meio ambiente, a fazenda e a administração.
Em um contraponto com os modelos "quase debutantes" do DPPC, alguns batalhões da Polícia Militar de São Paulo, que fazem policiamento ostensivo, e até outros departamentos da Polícia Civil utilizam Renault Duster, Toyota Corolla Cross e até mesmo Chevrolet Trailblazer blindadas. Todos adquiridos nos últimos três anos.
O diretor do Sindicato da Indústria de Reparação de São Paulo (Sindirepa-SP), Pedro Scopino, explica que os carros da Polícia Civil são mais novos que a média da frota brasileira, que é de 16 a 17 anos de uso. E esclarece também que, se a manutenção foi feita corretamente, os modelos não deixarão a desejar na hora do aperto.
"O carro continua servindo ao propósito dele e, se receber a devida manutenção, pode chegar aos 20 anos em uso com tranquilidade. Aliás, não é só a Polícia que está passando por esse envelhecimento de frota, como os preços dos carros dispararam, muita gente está preferindo gastar R$ 5 mil, R$ 10 mil em uma manutenção profunda do que comprar um carro novo", informa.
Por falar em custo de manutenção, o especialista lembra que carros com mais de oito anos de uso podem ter um gasto alto com reparos e troca de peças.
"Não é demérito algum o carro ser antigo, mas precisa ter a manutenção em dia. Nos primeiros dois anos, gasta-se muito pouco com isso, entre dois e oito anos o custo aumenta por conta dos cuidados com a suspensão, que já não é mais a mesma. Depois disso, vem a necessidade de manutenção das correias, embreagem e fluidos do câmbio. E o preço dessas peças está relacionado ao preço do carro zero", explica.
Colocando os prós e contra dos carros antigos na balança, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo já decidiu que vai renovar a sua frota.
"A SSP investe continuamente em novos equipamentos e tecnologia para as polícias em todo o Estado de São Paulo. Está em andamento o processo para a compra de 380 novas viaturas à Polícia Civil, com investimento previsto de R$ 56,4 milhões", afirmou ao UOL Carros.
Serão 252 viaturas do modelo Renault Duster caracterizadas, 72 do modelo Citroën Jumper, também caracterizadas e especialmente projetadas para o transporte de presos, e 56 viaturas sem caracterização específica.
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