Barbie na vida real: o que é preciso pra conquistar carro rosa da Mary Kay
Antes mesmo do frisson em torno da cor rosa, M.S., diretora de vendas da marca de maquiagens Mary Kay, já tinha o apelido de Barbie devido ao seu carro. A loira, que pediu para não ter o nome identificado, circula pelas ruas a bordo de um Honda HR-V que conquistou após sua equipe vender cerca de R$ 300 mil em produtos em apenas seis meses.
O valor pode assustar, mas a meta para ter o famoso carro rosa - que pode variar a cada ano - já foi conquistada por centenas de pessoas no país e milhares no mundo.
A cor rosa nunca foi oferecida de fábrica em nenhum veículo de volume. E é exatamente por isso que os carros da Mary Kay chamam tanto a atenção nas ruas: eles são raridade.
Os modelos começaram a circular nos Estados Unidos quando a fundadora da marca, Mary Kay Ash, foi até uma loja comprar um Cadillac rosa.
"Ela pediu ao vendedor que o seu carro fosse pintado na cor de um estojo compacto Mary Kay e, mesmo com ele tentando dissuadi-la da ideia, ela prosseguiu com o seu propósito. Com o sucesso dessa empreitada, muitas mulheres sonharam com a conquista deste prêmio tão significativo. Por isso, em 1969, seis anos após a abertura da empresa, surge a primeira edição do Troféu Sobre Rodas, que tiveram as cinco primeiras diretoras de vendas independentes do ano como ganhadoras", conta Rosana Bonazzi, vice-presidente da Mary Kay Brasil.
No Brasil, os carros cor-de-rosa chegaram no ano 2000, quando o programa já era mais democrático. Em vez de serem oferecidos apenas para as cinco melhores diretoras de vendas do ano, o prêmio passou a ser ilimitado, desde que a colaboradora atingisse uma meta pré-estabelecida que pode variar a cada ano - como a que M.S. conquistou.
A tarefa não é simples. Além da meta de vendas, para se tornar uma diretora - pré-requisito para disputar o veículo - é necessário recrutar pelo menos 30 revendedoras para o seu time.
"Se a pessoa estiver entrando na empresa só para ganhar o carro, é melhor desistir, pois é preciso trabalhar muito para isso. É mais uma recompensa para a equipe. Além disso, desde que passei a circular com o carro pela cidade, comecei a fazer contatos e vender ainda mais", conta M.S.
De Chevrolet Cobalt a BMW Série 3
Há alguns anos, era comum encontrar carros da Chevrolet, como Cobalt, Captiva e Cruze com a cor e logo da Mary Kay circulando pelas ruas devido a uma parceria entre as duas marcas. Recentemente os modelos se tornaram mais diversos: há Jeep Compass, Honda HR-V e até mesmo carros de luxo como BMW Série 3 nas mãos das diretoras de vendas da marca.
A vice-presidente Rosana Bonazzi explica que, uma vez que um diretor de vendas independente se qualifica para o Programa Troféu Sobre Rodas, recebe bônus que pode ser utilizado para adquirir diversos modelos de carros.
"As consultoras de beleza que atendem aos critérios anualmente podem escolher o carro de carreira com base em suas próprias necessidades pessoais e preferências. Elas são inteiramente responsáveis pelo veículo, pois sua participação é opcional e não obrigatória".
M.S., diretora de vendas entrevistada pelo UOL Carros, explica que quando atingiu a meta tinha o direito de escolher entre outros prêmios, como uma viagem ou dinheiro, mas achou que o carro traria mais vantagens.
"De qualquer forma, preciso de um carro para trabalhar e o fato de ser tão chamativo e passar uma imagem de sucesso me ajuda muito no dia a dia. É mais fácil recrutar revendedoras e clientes, pois passa credibilidade. Usá-lo é um direito que conquistei."
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