Paula Gama

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Golpe do ímã? Vídeo sobre suposta técnica para roubar carros viraliza

Viralizou nas redes sociais um vídeo em que uma policial civil afirma que bandidos descobriram um truque simples para ligar a caminhonete Toyota Hilux sem a chave presencial: usar um imã sobre o botão de partida. UOL Carros analisou as imagens para entender se é fato ou fake. Afinal, será que a picape média mais vendida do país é tão simples de ser furtada?

No vídeo, a agente afirma que a caminhonete foi recuperada pela polícia e que os responsáveis foram detidos.

"Perguntei ao preso como ele fez para ligar o veículo, haja vista que é um produto de furto e não está com a chave. Ele falou: 'você vai olhar do lado do painel e vai ter um pequeno pedaço de imã. Você vai apertar o freio e, com o pedaço de imã na mão, dar partida no veículo'", afirma. A policial mostra que o truque deu certo na primeira tentativa.

Em uma primeira análise, percebemos que o tal "pedaço de imã" que estaria dentro do veículo era bem semelhante a um transponder, uma peça que fica dentro da chave presencial do veículo e tem o segredo para ligá-lo. E foi exatamente isso que a Toyota, fabricante da picape, argumentou.

"A Toyota do Brasil informa que o objeto apresentado no vídeo não é um pedaço de ímã, mas sim algo que se assemelha a um componente interno da chave de ignição, que pode ter sido extraído de uma das chaves originais do veículo ou clonado ilegalmente. Portanto, é importante ressaltar que essa ação não denota um defeito de produto, mas sim uma cópia não autorizada da chave eletrônica do carro", disse a montadora por meio de nota.

A Toyota afirmou ainda que "seguindo os compromissos de qualidade, confiabilidade e segurança que a marca tem com seus clientes, a empresa afirma que não registrou falhas relacionadas a este sistema [chave presencial com partida por botão], amplamente utilizado por várias marcas automotivas em todo o mundo, e que está sempre em busca de constantes melhorias para seus veículos".

Cuidado com a chave

André de Maria, engenheiro mecânico especialista em defeitos crônicos em veículos e proprietário da AutoCenter Confiar, confirma a versão dada pela montadora. Ele explica que o golpe pode ter sido aplicado, por exemplo, por um mecânico ou manobrista que teve acesso ao veículo. E ressalta que o criminoso precisa ter acesso à chave original do carro para aplicá-lo.

"Nesta época de muita tecnologia, se o profissional reparador não for sério e o fabricante não tiver implementado maneiras de tentar evitar fraudes, um mecânico mal intencionado pode programar um transponder extra para ser usado em um futuro furto", alerta o engenheiro.

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A dica para quem tem um carro com chave presencial e partida por botão, de qualquer marca, é tomar cuidado ao deixar a chave em manobristas, lava jato, oficinas e qualquer outro prestador de serviço, buscando sempre profissionais de confiança, pois existem mecanismos para clonar o transponder do veículo. Nesse tipo de ação, para preservarem suas identidades, os golpistas devolvem o carro e, depois, buscam o proprietário para furtá-lo.

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Reportagem

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