Paula Gama

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Guerra em Israel: como são os tanques tecnológicos usados contra o Hamas

O conflito entre Israel e Hamas, iniciado pelo grupo extremista no último sábado, já provocou a morte de mais de mil pessoas. A escalada de violência na região, em especial na Faixa de Gaza, tem contado com a participação de tanques israelenses, que estão entre os blindados mais eficientes do mundo.

Poucos dias antes do início do conflito, em 19 de setembro, o Ministério de Defesa de Israel apresentou o mais recente integrante da família de tanques Merkava (carruagem em hebraico) - o Barak, que, por sua vez, significa "relâmpago".

O modelo é equipado com sistemas de inteligência artificial e sensores de detecção de alvos com espectro de 360 graus. Também tem sistemas aprimorados para coleta de informações e troca de dados com outros tanques, além de uma mira avançada e equipamento de visão noturna. Ainda não foi confirmado se o Barak já está na linha de combate, mas não faltam tanques de alta tecnologia.

Toda linha Merkava é uma criação notável da engenharia militar israelense. O modelo mais recente até então era o Merkava Mk 4, que entrou em atividade em 2004. A principal característica que define esses tanques é sua ênfase na proteção da tripulação, deixando em segundo plano a preocupação com velocidade, já que os territórios em disputa são relativamente pequenos.

Para se ter uma ideia, de acordo com o Ministério da Defesa de Israel, eles são equipados com blindagem modular que oferece proteção contra uma ampla gama de ameaças, incluindo mísseis antitanque e projéteis de artilharia. Essa modularidade permite adaptações rápidas à medida que novas ameaças surgem, ou consertos em meio ao combate.

O Merkava Mk 4 também é equipado com o sistema de proteção ativa "Trophy". Esse sistema é projetado para detectar, rastrear e neutralizar mísseis e projéteis inimigos antes que atinjam o tanque, proporcionando uma camada adicional de segurança para a tripulação. Além da proteção, os tanques de Israel também destacam-se em termos de mobilidade e capacidade de fogo.

O canhão principal do Mk 4 tem calibre 12 cm, e também há um morteiro de 60 mm, lançadores de fumaça e três metralhadoras de 7,62 mm
O canhão principal do Mk 4 tem calibre 12 cm, e também há um morteiro de 60 mm, lançadores de fumaça e três metralhadoras de 7,62 mm Imagem: Reprodução

O canhão principal do Mk 4 tem calibre 12 cm, e também há um morteiro de 60 mm, lançadores de fumaça e três metralhadoras de 7,62 mm para disputas mais próximas.

Na lista de equipamentos está o estabilizador de quatro posições (duas giratórias e duas elevatórias), um computador balístico de controle digital, um telêmetro a laser e um periscópio de 360°, com ampliação de 4 a 20 vezes e imagens termais para visão noturna.

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O Mk4 também tem uma porta traseira, que deixa a tripulação menos exposta do que na maioria dos tanques, já que o comum é entrar por cima. O motor tem mais de 1.500 cv de potência.

Sua capacidade de disparar mísseis antitanque de alta precisão aumenta ainda mais seu poder de fogo. Ele também é conhecido por sua alta mobilidade e capacidade de operar em uma variedade de condições de terreno, o que é fundamental em uma região com topografia variada, como Israel e os territórios palestinos.

Além dos tanques de guerra, Israel possui uma ampla variedade de armas e equipamentos militares de alta tecnologia para suas Forças de Defesa, como caças; mísseis balísticos e antitanque; sistema de defesa aérea projetado para interceptar foguetes de curto alcance e morteiros; veículos aéreos não tripulados; artilharia de longo alcance, entre outros. O país também é um dos poucos no mundo que contam com armamento nuclear.

Já o Hamas tem um arsenal limitado de armas e equipamentos em comparação com as forças armadas convencionais, mas ainda representa uma ameaça em seu contexto regional. Alguns dos principais equipamentos e armas do grupo extremista incluem foguetes e mísseis; morteiros; armas antitanque e dispositivos explosivos improvisados.

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