Romântico e perigoso: casal viraliza com passeio a dois em teto solar
A experiência de andar em um veículo com teto solar pela primeira vez pode ser emocionante e tentadora, evocando a irresistível vontade de colocar a cabeça para fora e curtir a brisa e a luz do luar. Mas tudo deve parar por aí: apenas na vontade.
Recentemente, nas redes sociais, um vídeo de um casal desfrutando de um momento romântico ao ar livre, aproveitando a "abertura superior" do teto solar, viralizou, causando um debate entre aqueles que o viram como uma demonstração de romance e outros que alertaram para os riscos dessa prática.
O caso aconteceu na Índia, onde a prática é proibida e rende multa de 8 mil rúpias (R$ 482). No Brasil, conduzir um veículo com uma pessoa na parte externa, incluindo estender o corpo para fora do teto solar, é considerado uma infração grave. Isso resulta em uma multa de R$ 195,23 e no acréscimo de 5 pontos no prontuário do motorista.
Dependendo da interpretação do agente de trânsito, a punição pode não parar por aí, uma vez que o passageiro fora do teto solar não está usando cinto de segurança. Nesse caso, uma multa adicional de R$ 195,23 e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode ser aplicada.
Além das implicações legais, o maior risco associado a estender o corpo para fora do teto solar é a segurança dos ocupantes. Enquanto os passageiros estão dentro do carro, eles contam com os cintos de segurança, airbags e a estrutura do veículo para proteção em caso de colisão. No entanto, quando estão para fora do teto solar, não há proteção adequada em caso de acidente ou capotamento.
Risco mesmo em baixa velocidade
Para ilustrar os perigos de não usar o cinto de segurança, a Allianz Seguros conduziu um teste de colisão inédito. Usando manequins, eles simularam um acidente relativamente simples, onde um veículo estava parado e outro estava se deslocando a 40 km/h, com um passageiro no teto solar.
O resultado foi alarmante: o manequim fora do teto solar sofreu impactos fortes no peito e nas costelas. Isso poderia resultar em sérias complicações para os órgãos internos, incluindo hemorragias, hematomas e até perfurações caso alguma costela tivesse sido quebrada.
"Para os passageiros que se sentam nos parapeitos das janelas, ficam pendurados nos veículos ou teto solar, se houver um acidente, em nenhum desses casos estarão protegidos pelo dispositivo salva-vidas número um, o cinto de segurança. Em um acidente real, provavelmente sofreriam ferimentos graves, talvez até fatais", diz Christoph Lauterwasser, responsável pelo estudo.
Não é preciso necessariamente uma colisão para entender os riscos dessa "diversão" controversa. Os passageiros que se aventuram a ficar com o corpo para fora do veículo estão sujeitos a diversos perigos, como desequilíbrio, colisão com objetos como árvores ou postes, e até mesmo ferimentos graves causados por linhas e fios.
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