Pedreiromóvel: irmãos resgatam e prometem reformar 'Lata Velha' polêmico

Anos mais tarde, Jonas Lopes passava por Macaé (RJ), cidade de Luizinho, quando se deparou com o "pedreiromóvel" em um ferro-velho.

"O veículo estava bastante podre, sem faróis e lanternas, também tiraram todo o sistema de injeção e as pastilhas estavam bem quebradas. Como meu irmão faz lanternagem de veículo e eu também tenho uma oficina de restauração, decidimos comprar para recuperá-lo", conta Ben Silver - proprietário de uma oficina no Espírito Santo.

De acordo com ele, a reforma está sendo feita lentamente, pois conciliam com os trabalhos de clientes da oficina. A intenção, porém, é deixá-lo em condições de rodar novamente para, no futuro, se tornar um carro de exposição.

"Já retiramos todos os pontos podres, o carro está todo lanternado, só falta refazer a pintura. Uma das dificuldades que estamos tendo é encontrar a pastilha original, pois é muito antiga, mas temos certeza que vamos conseguir. Um detalhe interessante é que o carro é absurdamente pesado por causa dessas pastilhas", comenta.

O próximo passo, além da pintura, é colocar o motor em funcionamento. Ben Silver conta que todas as peças estão sendo compradas para que o propulsor responda melhor ao peso do carro.

"Restaurar esse carro virou um desafio pessoal. Ele foi um dos mais criticados do Lata Velha, mas nós admiramos a história. O veículo serviu ao dono, que era pedreiro, por mais de 10 anos. Foi importante. Agora, quem sabe a gente não vai resgatar mais veículos do Lata Velha por aí", sugere.

Dono aprovou a reforma

Apesar de todas as críticas e de o veículo ter sido abandonado, o mais interessado na reforma, na época, aprovou o serviço: Luizinho disse que, depois do programa, o carro o acompanhou durante anos no trabalho e até atraiu mais clientes.

Em 2014, chegou a fazer uma nova participação no Caldeirão, em que mostrava o veículo em perfeito estado. No entanto, em uma entrevista mais recente, o pedreiro afirmou que a clientela aumentou tanto que ele conseguiu comprar novos carros e o "pedreiromóvel" ficou para o filho, que diante da dificuldade de encontrar peças resolveu vendê-lo.

A principal razão da venda do veículo foi a quebra do câmbio. Depois de não encontrar mais peças, seu filho resolveu passar adiante, mas a documentação nunca foi atualizada para o nome do novo dono.

"Nada do que me prometeram deixaram de cumprir. Foi até melhor do que imaginei. Foi um sonho que se realizou", afirmou em uma de suas entrevistas mais recentes. Luizinho revelou também que o Logus que foi entregue a ele não era o seu. Ele explica que a produção avaliou que não valia a pena reformar, então comprou um modelo um ano mais novo, de 1997, e fez a personalização.

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