Bom negócio? Como estão os primeiros carros híbridos após a garantia vencer
Nos últimos anos, a introdução dos carros híbridos no mercado brasileiro tem sido vista com entusiasmo e um toque de ceticismo. Entre os pioneiros dessa tecnologia estão o Ford Fusion e o Toyota Prius. Agora, após anos de uso, proprietários desses veículos compartilham suas experiências, fornecendo uma visão mais clara sobre o futuro deste tipo de motorização, especialmente no que diz respeito à durabilidade das baterias e dos motores.
Fusion e Prius foram lançados no Brasil como símbolos de inovação e eficiência. Ambos são híbridos do tipo que não é preciso carregar na tomada, chamados de "convencionais".
O Ford chegou em 2010, com sua aparência robusta e tecnologia avançada, rapidamente se tornando objeto de desejo. Já o Prius, conhecido mundialmente por ser o primeiro carro híbrido de produção em massa, foi lançado no país em 2013.
De acordo com as concessionárias da marca, o preço do pacote completo da bateria de alta voltagem pode variar entre R$ 14,8 mil, para o Fusion, e R$ 28 mil, para o Prius.
Experiências dos proprietários
Marcelo Martins, que possui um Fusion 2018 desde zero quilômetro, relata que ainda consegue atingir uma média de 22 km/l. "Uso os pneus com pressão de 38 psi quando estão frios, mantenho o ar-condicionado a 21,5 graus, e não utilizo o modo ECO, apenas o normal. Mesmo em dias frios, quentes ou chuvosos, o consumo cai para 20 km/l", explica. Ele destaca a sensibilidade do carro, onde um ajuste de 1 psi na pressão dos pneus já afeta o consumo.
Flávio José, proprietário de um Fusion 2011, comenta que, com o tempo, o veículo utiliza menos a bateria para preservá-la, resultando em um consumo médio de 14 km/l. Essa observação aponta para a tecnologia de gerenciamento das baterias, que visa prolongar a vida útil do sistema.
Manuel Souza ressalta a importância das revisões regulares. Seu Fusion 2018, com 146 mil km rodados, teve a bateria recentemente revisada e a eficiência estava em 99,68%. "Sempre que levo meu Fusion para revisão, a bateria é revisada. Na última, fui parabenizado pela concessionária pela eficiência da bateria, que estava como nova".
Ari Mocelin, proprietário de um Prius 2016 com cerca de 250 mil km rodados, mantém um registro meticuloso das despesas desde a compra. Ele elogia a durabilidade dos componentes. "O carro continua com os mesmos amortecedores originais. Outro item é o filtro de combustível, que nunca troquei e nunca deu problema, graças a Deus."
No entanto, ele critica o preço elevado das peças, como faróis e sinaleiras, e os custos dos serviços nas concessionárias. "A concessionária queria cobrar uns R$ 3 mil para trocar todo o conjunto de freio. Em uma oficina, troco apenas as pastilhas e pago 1/9 do valor", explica.
Apesar disso, se tivesse a oportunidade, compraria um novo Prius. Ele mostra a média de consumo dos últimos meses, entre 18 km/l e 20 km/l. "O carro é bom, mas é um elefante branco, quero ver na hora de vender. Por enquanto, a bateria do elétrico não teve problema, e se tiver, o carro vai continuar funcionando. Considero que é um plus", opina Ari Mocelin.
As experiências dos proprietários de Fusion e Prius demonstram que, com a manutenção adequada, os carros híbridos podem oferecer uma eficiência de combustível grande com boa expectativa de vida.
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