Paula Gama

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Bom negócio? Como estão os primeiros carros híbridos após a garantia vencer

Nos últimos anos, a introdução dos carros híbridos no mercado brasileiro tem sido vista com entusiasmo e um toque de ceticismo. Entre os pioneiros dessa tecnologia estão o Ford Fusion e o Toyota Prius. Agora, após anos de uso, proprietários desses veículos compartilham suas experiências, fornecendo uma visão mais clara sobre o futuro deste tipo de motorização, especialmente no que diz respeito à durabilidade das baterias e dos motores.

Fusion e Prius foram lançados no Brasil como símbolos de inovação e eficiência. Ambos são híbridos do tipo que não é preciso carregar na tomada, chamados de "convencionais".

O Ford chegou em 2010, com sua aparência robusta e tecnologia avançada, rapidamente se tornando objeto de desejo. Já o Prius, conhecido mundialmente por ser o primeiro carro híbrido de produção em massa, foi lançado no país em 2013.

De acordo com as concessionárias da marca, o preço do pacote completo da bateria de alta voltagem pode variar entre R$ 14,8 mil, para o Fusion, e R$ 28 mil, para o Prius.

O Ford Fusion Hybrid foi o primeiro híbrido lançado no país, em 2010
O Ford Fusion Hybrid foi o primeiro híbrido lançado no país, em 2010 Imagem: Divulgação

Experiências dos proprietários

Marcelo Martins, que possui um Fusion 2018 desde zero quilômetro, relata que ainda consegue atingir uma média de 22 km/l. "Uso os pneus com pressão de 38 psi quando estão frios, mantenho o ar-condicionado a 21,5 graus, e não utilizo o modo ECO, apenas o normal. Mesmo em dias frios, quentes ou chuvosos, o consumo cai para 20 km/l", explica. Ele destaca a sensibilidade do carro, onde um ajuste de 1 psi na pressão dos pneus já afeta o consumo.

Flávio José, proprietário de um Fusion 2011, comenta que, com o tempo, o veículo utiliza menos a bateria para preservá-la, resultando em um consumo médio de 14 km/l. Essa observação aponta para a tecnologia de gerenciamento das baterias, que visa prolongar a vida útil do sistema.

Manuel Souza ressalta a importância das revisões regulares. Seu Fusion 2018, com 146 mil km rodados, teve a bateria recentemente revisada e a eficiência estava em 99,68%. "Sempre que levo meu Fusion para revisão, a bateria é revisada. Na última, fui parabenizado pela concessionária pela eficiência da bateria, que estava como nova".

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Ari Mocelin, proprietário de um Prius 2016 com cerca de 250 mil km rodados, mantém um registro meticuloso das despesas desde a compra. Ele elogia a durabilidade dos componentes. "O carro continua com os mesmos amortecedores originais. Outro item é o filtro de combustível, que nunca troquei e nunca deu problema, graças a Deus."

No entanto, ele critica o preço elevado das peças, como faróis e sinaleiras, e os custos dos serviços nas concessionárias. "A concessionária queria cobrar uns R$ 3 mil para trocar todo o conjunto de freio. Em uma oficina, troco apenas as pastilhas e pago 1/9 do valor", explica.

Apesar disso, se tivesse a oportunidade, compraria um novo Prius. Ele mostra a média de consumo dos últimos meses, entre 18 km/l e 20 km/l. "O carro é bom, mas é um elefante branco, quero ver na hora de vender. Por enquanto, a bateria do elétrico não teve problema, e se tiver, o carro vai continuar funcionando. Considero que é um plus", opina Ari Mocelin.

As experiências dos proprietários de Fusion e Prius demonstram que, com a manutenção adequada, os carros híbridos podem oferecer uma eficiência de combustível grande com boa expectativa de vida.

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