Paula Gama

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De novos radares a mudança no rodízio: o que pensam os candidatos em SP

Com as eleições se aproximando, a cidade de São Paulo se encontra em um momento crucial. Em um cenário marcado por problemas históricos, como o trânsito caótico, e questões emergentes, como o aumento da frota de veículos híbridos e elétricos e demanda por aplicativos de transporte, é essencial que os eleitores conheçam as propostas dos candidatos sobre os principais desafios que impactam a vida cotidiana dos paulistanos.

Para fornecer uma visão clara e objetiva sobre as intenções e compromissos dos candidatos sobre trânsito e mobilidade na cidade, organizamos uma série de perguntas focadas em temas centrais, como o uso de radares, a expansão das ciclofaixas, o rodízio de veículos, e a gratuidade do transporte público.

Elas foram enviadas às assessorias dos seis candidatos mais bem avaliados nas pesquisas de intenção de votos. Destes, apenas a equipe de Pablo Marçal (PRTB) não enviou suas propostas até o fechamento desta reportagem.

A seguir, confira as respostas dos candidatos que se posicionaram sobre essas questões que afetam a vida de milhões de cidadãos. Elas estão organizadas em ordem alfabética, conforme o nome de cada um, para facilitar a comparação das propostas.

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Imagem: Newton Menezes/Futura Press/Folhapress

A atual gestão de São Paulo fechou contrato para aquisição de 661 novos radares de trânsito, mas depois voltou atrás e vetou a instalação pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Qual é a sua posição sobre o número de radares na cidade? Que políticas você considera mais eficazes para melhorar a qualidade do trânsito em São Paulo?

Guilherme Boulos (PSOL): Nossa prioridade é tornar os deslocamentos mais seguros, eficientes e sustentáveis. Só entre 2021 e 2023, segundo a Rede Nossa São Paulo, os paulistanos estão gastando quase meia hora a mais em seus trajetos.

Sem falar nos recordes de violência no trânsito, com alta assustadora de mortes. Vamos ampliar os semáforos inteligentes e ter uma fiscalização efetiva, sem recorrer ao uso de mais radares apenas para inflar os cofres públicos.

José Luiz Datena (PSDB): Os primeiros radares foram instalados na cidade pelo Pitta e, depois, o PT, com o Haddad, dobrou a quantidade deles, sempre para arrancar mais dinheiro das pessoas. São Paulo já tem radares suficientes para fiscalizar e coibir abusos por parte dos motoristas. Não vamos aumentar.

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A atual gestão arrecadou R$ 5 bilhões em multas de trânsito e a legislação obriga a prefeitura a investir 5% do total arrecadado em ações de educação para o trânsito. Mas há tempos ninguém vê nenhuma campanha, sobretudo voltadas a crianças, idosos, deficientes visuais e motociclistas; vai tudo para fazer caixa.

Para melhorar a qualidade no trânsito, onde se perde em média mais de 2 horas por dia, a medida número 1 é fazer, pelo menos, os 40 km de corredores de ônibus que o Bruno Covas prometeu, mas a atual gestão passou muito longe de cumprir. Até nisso, o atual prefeito e as gestões petistas se parecem: prometeram e não fizeram. Eu vou fazer.

Marina Helena (Novo): Defendemos sinalização evidente dos radares de velocidade e o fim de pegadinhas, como a redução repentina da velocidade máxima da via justamente no trecho com radar. Somos favoráveis aos radares, mas contra a indústria da multa. Se um radar multa demais, não está cumprindo seu papel de controlar a velocidade dos carros.

Ricardo Nunes (MDB): Não haverá a instalação de novos radares na cidade, conforme decreto da própria gestão. Não houve a compra desses radares mencionados, houve a contratação de serviços de manutenção e inovação para o trânsito. Os pagamentos estão condicionados à prestação de contas de sua execução. Portanto, não se pagou por radares, os quais não serão instalados.

A gestão entende que políticas de educação de trânsito, semáforos inteligentes, Faixa Azul, áreas de recuo e box de espera para motociclistas são mais eficazes. A gestão Ricardo Nunes promoveu ações direcionadas para diminuir os atropelamentos, com a implantação de iluminação especial em 10 mil faixas de pedestres com maiores índices de fatalidade.

O total de faixas com essa iluminação será ampliado, bem como câmeras de vigilância de trânsito. Todas estas medidas são mais eficazes do que a instalação de mais radares.

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Tabata Amaral (PSB): Radares são uma ferramenta importante, mas não podem ser a única estratégia para combater as mortes no trânsito. Não planejamos aumentar o número de radares na nossa gestão. A nossa estratégia se baseará no programa sueco "Visão Zero", que reduziu drasticamente as mortes no trânsito. Mapearemos e faremos um redesenho viário das vias com mais mortes, realizaremos grandes campanhas de conscientização e retomaremos as blitz da Lei Seca, em parceria com o governo do estado.

Em relação ao trânsito, nosso principal objetivo é trazer inteligência para a sua gestão. Vamos criar um sistema de gerenciamento de tráfego em tempo real, vinculado ao controle semafórico, para ajustar os semáforos de acordo com a densidade do tráfego, criando as chamadas "ondas verdes".

Faremos também uma Gestão Metropolitana dos Transportes, em conjunto com os demais municípios da Região Metropolitana e com o Governo do Estado. Boa parte do trânsito que temos em São Paulo, principalmente nas grandes vias, como a Marginal Tietê, não são da cidade. A cidade precisa ter um plano de logística, um melhor fluxo da carga, estruturado com as outras cidades da região metropolitana.

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Imagem: Divulgação/PMSP

Você planeja expandir as chamadas 'Faixas Azuis', exclusiva para motos, na cidade? Considera essa medida a ideal para melhorar o fluxo de veículos?

Guilherme Boulos (PSOL): Vamos ampliar o programa de faixas exclusivas para motos e aprimorar sua implementação. A cidade precisa de ações que contribuam para reduzir o número de mortes no trânsito, que tem batido recordes de motociclistas e pedestres.

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Mas o que pode ser de fato mais eficiente para melhorar os congestionamentos na cidade é priorizar o transporte público, tornando os ônibus melhores e uma opção mais atrativa para as pessoas.

José Luiz Datena (PSDB): Esta é uma das raras boas iniciativas da atual gestão. E a minha regra é: não importa de quem seja a ideia, se é boa para a população, a gente mantém e amplia. Vamos sim fazer mais faixas. Aliás, vamos fazer o que a prefeitura atual não fez, porque a promessa era entregar 200 km e menos da metade foi entregue.

As faixas são fundamentais para prevenir acidentes e salvar vidas de motoqueiros e motoboys, essa categoria tão importante para São Paulo funcionar, mas que é a maioria das vítimas do selvagem trânsito de nossa cidade, onde morrem cerca de 1 mil pessoas por ano, mais que a quantidade de assassinatos.

Marina Helena (Novo): Planejo expandir, pois estudos mostram que a faixa azul diminui os acidentes e mortes de motociclistas.

Ricardo Nunes (MDB): A Faixa Azul tem aprovação de 96,9% entre os motociclistas e de 87,3% entre os motoristas. Hoje, são 168 km de faixas exclusivas para motos e, até o fim do ano, esse total deve chegar a 200 km. Durante dois anos, nenhum óbito foi registrado nos trechos com a nova sinalização.

O programa será ampliado para outras vias, conforme indicações dos estudos técnicos, chegando a mais de 400 km na próxima gestão. Foram implementados 807 bolsões de espera para motos nos semáforos e esse total será ampliado. Serão instalados boxes de recuo nas laterais das pistas, atendendo a uma solicitação de representantes dos motociclistas.

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São ações demandadas, que serão implementadas em regiões e artérias da cidade, de acordo com estudos técnicos das áreas especializadas da administração.

Tabata Amaral (PSB): A faixa azul é uma conquista importante que foi concebida pelo corpo técnico da CET. Pretendemos sim expandir as faixas azuis na cidade e manter o diálogo frequente com os motociclistas.

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Imagem: Agência Brasil

Rodízio veicular: com o aumento dos modelos híbridos e elétricos, que são isentos da restrição, a circulação destes carros em São Paulo continua a crescer, impactando o trânsito. Você pretende revisar essa medida ou mantê-la focada apenas na redução de emissões de poluentes, como é atualmente?

Guilherme Boulos (PSOL): Vamos focar na redução de emissões e, ao mesmo tempo, incentivar o uso do transporte coletivo. Ao invés de gastar em recapeamento eleitoreiro, como temos visto a atual gestão municipal fazer, vamos investir em transporte público de qualidade e ciclovias seguras.

Sob nossa gestão, os congestionamentos diminuirão com mais faixas e corredores de ônibus, garantindo um transporte público rápido e eficiente.

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José Luiz Datena (PSDB): O rodízio de veículos continua sendo fundamental para a gestão do trânsito da cidade e será mantido como é hoje. O rodízio é um dos programas importantes para reduzir a emissão de gases poluentes e melhorar a circulação de carros da maior frota do país, com 9,4 milhões de veículos.

Marina Helena (Novo): Não vamos revisar, defendemos manter a atual regra de rodízio.

Ricardo Nunes (MDB): O rodízio municipal de veículos ajuda a reduzir a poluição do ar, pois visa tirar 20% dos veículos das ruas nos horários de maior movimento, e ajuda na fluidez do trânsito nestes horários. Os estudos das áreas técnicas da Companhia de Engenharia de Tráfego, até o momento, evidenciam que o objetivo do rodízio tem sido cumprido.

Quanto à isenção de rodízio aos veículos híbridos e elétricos, lei de 2015, a mesma área técnica entende que ela atende aos objetivos do rodízio, mesmo porque dados da indústria automotiva mostram que essa categoria de veículos representa 0,5% da frota de carros na região metropolitana de São Paulo. Qualquer alteração será fruto de estudos e apontamentos das áreas técnicas.

Tabata Amaral (PSB): A princípio manteremos os veículos híbridos e elétricos isentos do rodízio. Porém, entendemos que é uma medida que precisa ser recorrentemente revisada visto que o crescimento nas vendas de carros híbridos e elétricos é uma realidade, sobretudo na cidade de São Paulo.

A frota de veículos híbridos e elétricos triplicou na Grande São Paulo nos últimos cinco anos e, embora ainda representem um percentual baixo, na capital paulista, até o ano passado, o número de carros elétricos chegou a 23.772 unidades.

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Imagem: Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo

Ônibus gratuito aos domingos: medida será mantida em sua gestão? Existe a possibilidade de estendê-la para outros dias ou grupos específicos de passageiros?

Guilherme Boulos (PSOL): Vamos ampliar a Tarifa Zero de modo gradual e sustentável, depois de passar a limpo os contratos da Prefeitura com as empresas de ônibus. É preciso exigir o cumprimento das obrigações contratuais, o que não tem acontecido, e aprimorar a lógica do subsídio pago pela prefeitura às empresas - atualmente elas recebem o subsídio por número de passageiros e não pelo custo real da operação, com viagens realizadas. Nesse modelo atual, a frota de ônibus foi reduzida e a prefeitura aumentou o subsídio.

Também vamos renovar parte significativa da frota de ônibus, com veículos elétricos ou híbridos. A prefeitura só renovou 2% da frota com combustível limpo. Ônibus elétricos, além de não poluírem, apresentam um custo de rodagem muito mais baixo.

Com a renovação da frota, que vai baratear o custo de rodagem, e a revisão dos contratos para que as empresas de fato cumpram os seus compromissos com a cidade, será possível ampliar gradativamente a Tarifa Zero para além dos domingos. Isso será feito com responsabilidade, aos poucos e acompanhando a evolução das demais medidas.

José Luiz Datena (PSDB): A Tarifa Zero aos domingos será mantida. Mas quero ir além e ajudar especificamente os mais pobres. Minha proposta é dar tarifa zero para os beneficiários do Bolsa Família. Um membro de cada família teria direito à gratuidade todos os dias da semana. Já calculamos e dá para fazer, numa prefeitura que tem R$ 112 bilhões de orçamento para aplicar por ano.

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A prioridade é ajudar os mais pobres e todos os esforços, inclusive orçamentários, devem ser endereçados nesta direção. Hoje é sabido que há muita irregularidade nos contratos de concessão, com suspeita de conexão com o crime organizado. Vamos passar estes contratos a limpo e tenho certeza de que só daí já vai vir um bom dinheiro para bancarmos a isenção aos mais pobres.

Marina Helena (Novo): Vamos manter a tarifa zero aos domingos, pois o benefício social é muito maior que o custo da gratuidade. Também planejamos reduzir o preço da tarifa em horários de pouco movimento, aliviando a lotação nos horários de pico e dando mais eficiência ao sistema.

Ricardo Nunes (MDB): O Domingão Tarifa Zero veio para ficar. E vamos criar o Mamãe Tarifa Zero. Aprovado e utilizado pela população, as 10 linhas de ônibus mais movimentadas neste dia são as que saem da periferia em direção ao centro. O dia que as famílias fazem seus passeios. Mas nossa grande inovação será atender às mães que terão ônibus de graça para levar e buscar seus filhos nas creches municipais.

Tabata Amaral (PSB): A gratuidade do transporte público será mantida aos domingos. No entanto, não planejamos implementar o passe livre nos ônibus municipais. O custo estimado para a gratuidade total seria de cerca de R$10 bilhões, um valor próximo de todo o investimento que a cidade terá neste ano, de R$15 bilhões.

Não somos populistas. O candidato que promete isso está mentindo. Nosso compromisso é recuperar a confiança do paulistano no transporte público coletivo e melhorar a qualidade do serviço.

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Imagem: Alex Silva/Estadão Conteúdo
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Ciclofaixas: até abril apenas 50 km dos 300 km de novas ciclofaixas prometidos foram entregues. Qual é a sua avaliação sobre a eficiência das ciclofaixas em São Paulo? Você pretende manter ou ampliar esse projeto?

Guilherme Boulos (PSOL): Nós estamos mirando nas cidades do futuro. São Paulo é uma metrópole de escala global e é assim que deve ser tratada. Precisamos de ideias conectadas com as novas realidades, inspiradas em cidades que já têm isso como uma realidade. Por isso, vamos expandir, com planejamento e consulta à população, a rede cicloviaria, mas de forma inteligente e integrada ao sistema de transporte coletivo. Também temos o objetivo de ampliar o programa de bicicletas compartilhadas.

José Luiz Datena (PSDB): Meu compromisso, conforme está explicitado no meu programa de governo, é cumprir o que o Bruno Covas prometeu e o atual prefeito passou longe de fazer, como também é o caso das ciclovias. Vamos, sim, chegar nestes 300 km, sobretudo na periferia, para dar mais uma opção de mobilidade limpa e barata para as pessoas que mais precisam.

E, em toda a cidade, integrar a rede cicloviária aos demais modais, de forma a incentivar ainda mais o uso de bicicletas pelos paulistanos e colaborar para um meio ambiente menos poluído e um trânsito melhor em nossa cidade.

Marina Helena (Novo): Defendo ciclofaixas bem feitas. Ciclofaixa não pode ser apenas tinta no chão, mas boa sinalização e bom projeto.

Ricardo Nunes (MDB): Está em curso a ampliação das ciclovias e ciclofaixas na cidade. Hoje, são 731 km de malha cicloviária, tendo sido entregues 239 km desde 2017. Outros 402 km foram revitalizados. E mais 158 km já estão licitados para a próxima gestão, além de 120 km projetados.

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Pela primeira vez, a cidade possui um Programa Permanente de Manutenção de Malha Cicloviária. Todos programas que criem alternativas de mobilidade e que sejam sustentáveis para a cidade serão incorporados. Um bom exemplo foi o transporte por barcos modernos, com a implantação de Novos Aquáticos SP na Represa Billings e da Nova Travessia da Guarapiranga.

O primeiro sistema já foi entregue entre os terminais Cantinho do Céu, no Grajaú, e Parque Mar Paulista, em Pedreira. Um trajeto que era feito por ônibus em 1h20 e agora leva 17 minutos.

Tabata Amaral (PSB): A gestão Nunes deixou muito a desejar na cidade de São Paulo em todas as áreas, mas principalmente quando o assunto é Mobilidade Urbana. A cidade está travada. Batemos recorde de congestionamento e recorde de mortes no trânsito. A prefeitura entregou apenas 6,8 km dos 40 km prometidos e apenas 50 km de ciclofaixas dos 300 km prometidos no início do mandato.

Pretendemos ampliar as ciclofaixas de forma planejada e inteligente, ligar as ciclofaixas que estão desconectadas e refazer as ciclofaixas que foram apagadas pelo programa de recapeamento mal sucedido da atual gestão. Queremos ampliar o uso de bicicleta na cidade de São Paulo, que atualmente é de cerca de 0,8%, fazendo com que a ciclomobilidade possa se tornar uma realidade para os paulistanos, se não para o trajeto inteiro da sua atividade, pelo menos por parte desse trajeto.

Expandiremos também a oferta de bicicletários e paraciclos públicos nas estações de Metrô e da CPTM que ainda não tem. A integração entre modais de transporte é fundamental para destravar a cidade de São Paulo e dar a opção para que os cidadãos tenham outras alternativas, em especial

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Imagem: Divulgação/ Uber
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Você pretende incentivar o transporte por aplicativos durante sua gestão? Novas categorias, como o Uber Moto, serão liberadas?

Guilherme Boulos (PSOL): Temos um compromisso que é garantir a isenção do rodízio para os motoristas de aplicativo. Essa é uma demanda deles e que eu considero justa e viável. Também vamos criar os Centros de Apoio aos Trabalhadores de Aplicativo em todas as regiões da cidade.

Serão espaços com banheiro, água, café, onde eles poderão descansar, esquentar uma refeição e recarregar celulares. Para além disso, nesses centros os motoristas poderão ter acesso a consultoria jurídica, assessoria administrativa e orientações sobre microcrédito.

José Luiz Datena (PSDB): O transporte por aplicativo é uma realidade que beneficia a população e, portanto, deve ser mantido. No entanto, essa modalidade para categorias como motocicletas revela-se muito insegura para os passageiros para que possa vir a ser liberada na cidade de São Paulo.

Marina Helena (Novo): Sim, serão liberadas e incentivadas. Quando o tema é transporte, São Paulo é a cidade em que é proibido permitir. Para manter monopólios e reservas de mercado, grupos de pressão se organizam para proibir qualquer serviço inovador: mototáxis, corridas compartilhadas de aplicativo e fretados.

O aluguel de patinetes sofreu tanta regulamentação que se tornou inviável. Contra essa tendência, vamos fazer de São Paulo um "sandbox regulatório", um ambiente que permite que empresas operem com regras diferentes por um período de tempo determinado para possibilitar tentativas e inovações.

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Ricardo Nunes (MDB): A interlocução da gestão com o transporte individual de passageiros continuará de maneira franca e transparente e não há limitações seja para táxis ou por serviços por aplicativos de automóveis.

Em relação ao transporte individual de passageiros por motos, os órgãos técnicos de mobilidade da capital não abrem mão da segurança no trânsito, os indicadores de vítimas e acidentes por motos impossibilitam este tipo de transporte. Mas o grupo de trabalho constituído está aberto a dialogar e estudar alternativas desde que salvaguardadas a mobilidade e segurança das pessoas no trânsito.

Tabata Amaral (PSB): O transporte por aplicativo é, há alguns anos, uma realidade e isso não pode ser ignorado. Queremos sim estabelecer parcerias com os aplicativos de transporte, essa colaboração é importante.

Até mesmo porque os dados dessas plataformas podem contribuir para uma melhor gestão de trânsito na cidade e a partir disso podemos analisar se faz sentido implementar novas categorias ou não.

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