Paula Gama

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Novos radares em SP detectam uso de celular ao volante; veja como funcionam

Se você acredita que basta não ter uma autoridade por perto para estar imune a multas enquanto fala no celular e dirige, está enganado. Os novos radares de trânsito, equipados com câmeras de alta resolução e inteligência artificial, estão mais atentos do que nunca.

Eles não só registram a velocidade dos veículos, mas também conseguem flagrar motoristas usando o celular ao volante, mesmo sem a presença de um fiscal humano. A tecnologia evoluiu, e agora dirigir distraído com o telefone na mão pode ser registrado de longe e sem aviso. Mas como esses radares conseguem enxergar tudo isso?

O segredo está na combinação entre a já conhecida tecnologia Doppler, usada para medir a velocidade dos veículos, e câmeras de alta precisão que capturam imagens claras do interior dos carros.

A tecnologia Doppler, que calcula a variação da frequência das ondas refletidas por objetos em movimento, garante que os radares possam monitorar o fluxo de veículos com precisão. Agora, com o auxílio de câmeras potentes, esses sistemas capturam imagens dos motoristas, e a inteligência artificial entra em cena para analisar o comportamento.

Se a IA identificar que o motorista está com o celular na mão, a infração é registrada de forma automática e enviada diretamente ao sistema de multas. Tudo isso ocorre em tempo real, sem a necessidade de intervenção humana.

O alcance e precisão dos novos radares

Esses novos radares são capazes de capturar imagens nítidas a distâncias de até 50 metros. Então, mesmo que você esteja longe do radar, ele ainda pode registrar se está cometendo alguma infração, como usar o celular - tudo isso com uma margem de erro mínima. Validado por órgãos como o Inmetro, o radar garante uma fiscalização eficiente, reduzindo ao máximo a possibilidade de erros.

Não é só o uso do celular que coloca os motoristas na mira desses radares. Eles também são capazes de detectar várias outras infrações simultaneamente, como:

  • Excesso de velocidade

  • Avanço de sinal vermelho

  • Circulação em faixas exclusivas, como corredores de ônibus e ciclovias

  • Não uso do cinto de segurança

  • Parada sobre a faixa de pedestres

  • Conversões proibidas

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De acordo com a Velsis, empresa que produziu os radares com a tecnologia instalados no estado de São Paulo, se o motorista cometer mais de uma infração ao mesmo tempo — por exemplo, falar ao celular enquanto avança um sinal vermelho — o sistema registra todas elas de uma só vez.

Expansão da tecnologia

Até 2025, está prevista a instalação de mais 649 radares em rodovias e vias estaduais de São Paulo, e a tendência é que essa tecnologia seja adotada em outras regiões do Brasil nos próximos anos. Rodovias importantes, como Washington Luís (SP-310), Luiz de Queiroz (SP-304), Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), César Augusto Sgavioli (SP-261), Irineu Penteado (SP-191) e Assis Chateaubriand (SP-425) já contam com essa nova geração de radares. Mas a decisão de expandir o uso desses equipamentos depende de projetos de segurança viária e políticas públicas que priorizem a fiscalização eficiente.

O avanço dessa tecnologia traz um alerta para quem insiste em usar o celular enquanto dirige: agora, mais do que nunca, é preciso redobrar a atenção às regras de trânsito. Com radares mais inteligentes e menos tolerantes às infrações, o comportamento no volante precisa mudar. Afinal, não adianta esperar pela presença de um guarda de trânsito: o radar já está de olho, mesmo de longe.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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