Paula Gama

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Como é o metrô da BYD que ligará as linhas de SP ao aeroporto de Congonhas

Embora seja mais conhecida no Brasil pelos carros elétricos e híbridos, a BYD tem uma presença forte em diversas áreas de transporte urbano. Além de ônibus elétricos e soluções de energia limpa, a gigante chinesa é responsável pelos trens da nova Linha 17-Ouro, que conectará o sistema metroviário ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A linha terá 6,7 km de extensão e integração com outras linhas importantes, como a Linha 9-Esmeralda (Morumbi) e a Linha 5-Lilás. Com previsão de operação em 2026, o projeto é uma das principais iniciativas para melhorar a conexão entre o aeroporto e o restante da cidade, reduzindo a dependência do transporte rodoviário na região.

A Linha 17-Ouro será a segunda linha de monotrilho da capital paulista, somando-se à Linha 15-Prata, que opera na zona leste desde 2014. Enquanto a segunda já possui 12 estações, conectando o Jardim Colonial à Vila Prudente, a primeira será mais curta e focada em atender a zona sul, conectando bairros como Brooklin, Campo Belo e a avenida Chucri Zaidan.

Com oito novas estações - Morumbi, Chucri Zaidan, Vila Cordeiro, Campo Belo, Vereador José Diniz, Brooklin Paulista, Aeroporto de Congonhas e Washington Luís - a Linha 17 terá capacidade para transportar 90 mil passageiros por dia. Essa demanda deve crescer ainda mais com futuras expansões previstas para a linha.

Além disso, São Paulo tem outras linhas de monotrilho planejadas, como a Linha 18-Bronze, que foi concebida para atender a região do ABC Paulista, mas cujo projeto está atualmente suspenso.

Detalhes sobre os trens do monotrilho da Linha 17-Ouro

Cada composição terá capacidade para 616 passageiros, sendo 114 sentados
Cada composição terá capacidade para 616 passageiros, sendo 114 sentados Imagem: Metrô SP

Os trens da Linha 17-Ouro, fornecidos pela BYD Skyrail, são projetados exclusivamente para o trajeto. Cada composição terá:

  • Cinco carros interligados: dois nas extremidades e três intermediários.
  • Capacidade total: 616 passageiros, sendo 114 assentos.
  • Dimensões: cada composição mede 60,8 metros de comprimento e 3,2 metros de largura. Os vagões das extremidades têm 13,5 metros de comprimento, enquanto os intermediários medem 10 metros.
  • Portas: cada carro terá quatro portas (duas de cada lado), com 1,6 metro de largura, facilitando o embarque e desembarque.
  • Design: janelas panorâmicas para maior visibilidade externa e janelas basculantes que podem ser abertas em emergências.
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Internamente, os trens contam com ar-condicionado, iluminação LED e sistema de comunicação audiovisual, que inclui mapas dinâmicos para orientação dos passageiros. A conexão entre os vagões será feita por passagens livres, permitindo mais flexibilidade e conforto.

Além disso, o sistema de baterias embarcadas garante que os trens possam percorrer até 8 km em caso de falta de energia, aumentando a segurança em situações críticas.

Fase de testes e cronograma

A ambientação do metrô promete ser bem moderna, com janelas panorâmicas
A ambientação do metrô promete ser bem moderna, com janelas panorâmicas Imagem: Metrô SP

O primeiro trem chegou ao Brasil em junho de 2024 e está passando por uma série de testes no Pátio Água Espraiada, onde também será feita a manutenção da frota. Atualmente, estão sendo realizados os chamados testes estáticos, que verificam o funcionamento dos sistemas elétricos, de freios e de segurança.

Os testes dinâmicos, que avaliam o desempenho dos trens em movimento, estão previstos para começar em janeiro de 2025, inicialmente dentro do pátio e, em seguida, nas vias elevadas da linha. Ao todo, 14 composições serão entregues, com previsão de conclusão até o final de 2025.

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Por que monotrilho?

A escolha do monotrilho para a Linha 17-Ouro foi motivada por características como menor impacto ambiental e facilidade de implementação em áreas urbanas densas. A estrutura elevada ocupa menos espaço do que um metrô subterrâneo e reduz os transtornos ao trânsito durante a construção. Contudo, o monotrilho apresenta algumas limitações, como menor capacidade de passageiros em comparação com o metrô convencional.

Quando entrar em operação, a Linha 17-Ouro será um divisor de águas para quem utiliza o Aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do país. Hoje, o acesso ao terminal depende quase exclusivamente de carros, táxis ou ônibus, o que frequentemente resulta em congestionamentos em seus principais acessos.

Com a nova linha, será possível chegar ao aeroporto a partir de diferentes pontos da cidade de forma rápida e sem os transtornos do trânsito. Além disso, a integração com linhas como a 9-Esmeralda e a 5-Lilás ampliará ainda mais as opções de deslocamento para os passageiros.

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