Adeus, vidro traseiro? Novos lançamentos apontam que seu carro deve mudar
A indústria automotiva está abraçando uma inovação ousada: veículos sem vidro traseiro. Modelos lançados fora do Brasil, como o Jaguar Type 00, Polestar 4 e Avatr 06, têm dispensado o vidro traseiro, substituindo-o por câmeras de alta definição que - na opinião das marcas - ampliam a visão do motorista.
De acordo com as montadoras, a decisão busca aliar estética futurista à funcionalidade, melhorando a aerodinâmica e proporcionando maior espaço interno, especialmente nos modelos elétricos.
A tendência de veículos sem vidro traseiro está representada por modelos como o Jaguar Type 00, Polestar 4, Tesla Cybercab e Avatr 06, cada um explorando essa inovação com finalidades específicas.
O Jaguar Type 00, por exemplo, é um conceito de Gran Turismo (GT) apresentado durante a Miami Art Week. Sua ausência de vidro traseiro reflete o foco em uma estética futurista e minimalista, além de permitir uma integração mais funcional da tampa do porta-malas.
Já o Polestar 4, um SUV elétrico lançado em 2023, opta por substituir o vidro por uma chapa de metal e uma câmera de alta definição. Essa escolha permite a expansão do teto panorâmico, melhorando a experiência dos passageiros no banco traseiro - a visão da câmera traseira é refletida em um monitor interno.
Por outro lado, o Tesla Cybercab leva o conceito a um nível extremo. Totalmente autônomo, o veículo foi projetado sem volante ou pedais, dispensando também o vidro traseiro e até retrovisores externos. Seu design simplificado, com câmeras de alta precisão, reflete a proposta de ser um carro que não exige supervisão humana.
Já o Avatr 06, um sedã elétrico chinês, segue a tendência de substituir vidros traseiros e retrovisores por câmeras, priorizando a aerodinâmica e o design inovador. Equipado com sistemas avançados, como o LiDAR da Huawei, esse modelo exemplifica como a tecnologia está afetando as escolhas de design automotivo.
Eles poderiam rodar no Brasil?
Segundo a Resolução Contran 960/22, veículos sem vidro traseiro podem circular desde que sejam equipados com retrovisores ou sistemas equivalentes, como câmeras que garantam a visibilidade completa da área traseira.
O advogado Marco Fabrício Vieira, conselheiro do Cetran-SP, explica: "A legislação brasileira não exige o vidro traseiro como área indispensável à dirigibilidade, desde que o veículo tenha espelhos retrovisores funcionais ou tecnologias equivalentes, como câmeras de alta definição."
Ele ressalta que a inovação é compatível com as normas nacionais, especialmente para veículos projetados para transporte de carga ou passageiros em condições específicas, como furgões, caminhonetes ou ônibus.
Prós e contras de carros sem vidro traseiro
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Quero receberVantagens
- Aerodinâmica aprimorada: sem o vidro traseiro, veículos conseguem reduzir o arrasto aerodinâmico, aumentando eficiência energética, especialmente em modelos elétricos.
- Espaço interno e conforto: a ausência do vidro permite designs mais criativos, como tetos panorâmicos maiores e maior sensação de amplitude no interior.
- Segurança aprimorada: câmeras de alta definição podem oferecer visão mais ampla e precisa do que retrovisores convencionais, especialmente em condições de baixa visibilidade.
Desvantagens
- Dependência de tecnologia: motorista depende completamente das câmeras e do sistema eletrônico. Se houver falha, a visibilidade traseira é comprometida.
- Manutenção mais cara: sistemas de câmeras podem ser mais onerosos para conserto ou substituição em caso de danos.
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