A "era de ouro" da bike? Europa incentiva o ciclismo diante do coronavírus
"Essa deve ser uma nova era de ouro para o ciclismo."
A frase é de Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, dita no último dia 6, em meio a uma série de medidas de incentivo ao uso da bicicleta na Europa. O plano de países como França, Inglaterra, Itália, Espanha, Alemanha e Bélgica é apostar na bike para combater a pandemia do novo coronavírus.
Por meio de incentivos financeiros, alguns desses países preveem uma adesão maior às bicicletas e uma queda nas aglomerações nos transportes públicos das grandes cidades. A maior parte da Europa já entrou numa fase de relaxamento do isolamento social depois de quase dois meses.
No último sábado (9), o secretário dos Transportes britânico, Grant Shapps, anunciou um pacote bilionário para o incentivo do ciclismo e também das caminhadas. A ideia é investir 2 bilhões de libras (R$ 14,3 bilhões).
Desse montante, 250 milhões de libras (R$ 1,8 bilhão) será usado para a implantação de ciclovias temporárias nas cidades. Cidadãos que não pedalavam há tempos ainda receberão um incentivo financeiro para reformar suas bicicletas.
A França também passou a investir mais na sua infraestrutura voltada ao ciclismo. Dias atrás, a ministra dos Transportes do país, Roxana Maracineanu, ressaltou a importância do uso da bicicleta nessa nova fase do combate ao coronavírus. No país, porém, existe a recomendação de que os ciclistas priorizem a distância de dez metros entre eles. Por isso, a ampliação da malha cicloviária em Paris, por exemplo, é tão importante.
Vale ressaltar que os países europeus vivem uma fase distinta em relação ao Brasil. Por aqui, a recomendação ainda é ficar em casa, se possível. A bicicleta será importante daqui a algumas semanas, com o relaxamento do isolamento social.
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