Brasil segue com tendência de país importador no mercado de bicicletas
O Brasil manteve a tendência de país importador no mercado de bicicletas durante o primeiro semestre deste ano. As importações representaram 98% dos recursos envolvidos nos primeiros seis meses de 2020, contra 2% das exportações.
Os dados são da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), que liderou um levantamento ao lado da e Labmob/UFRJ, com apoio do Itaú. Eles foram publicados pela Revista Importação, Exportação e Distribuição de Bicicletas e Componentes, lançada nesta semana e desenvolvida com base em pesquisas de dados governamentais.
Em valores, as importações atingiram 88 milhões de dólares (R$ 456 milhões). As exportações, 1,7 milhão de dólares (R$ 8,8 milhões). No ano passado, a proporção foi a mesma: as importações resultaram em 285 milhões de dólares, contra 5,5 milhões das exportações.
Os dados dos produtos comprados pelo Brasil foram puxados por componentes. De 2009 até 2019, as cifras saltaram de 90 milhões de dólares para 280 milhões de dólares. Em contrapartida, o números de bicicletas compradas caiu de 370 mil para 77 mil unidades.
Segundo a Aliança Bike, uma das possíveis explicações para a queda no volume de bicicletas importadas foi a alteração na alíquota de imposto sobre bicicletas importadas: desde 2011, o item entrou para a Letec (Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum) da Secretaria Executiva de Comércio Exterior. Desde então, o imposto de importação subiu de 20% para 35% para bicicletas importadas.
Embora as exportações estejam bem abaixo das importações, o Brasil tem potencial exportador no setor: do período 2010-2014 para o período 2015- 2019, o volume de bicicletas exportadas teve um aumento de 476%, passando de pouco mais de 1 milhão de dólares para quase 7 milhões de dólares.
Em 2019, o Brasil exportou 22,2 mil bicicletas, com 97% dos produtos para países sul-americanos, com destaque para Paraguai, Argentina, Chile e Bolívia.
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