O que já sabemos sobre novo Tracker, que anda circulando sem camuflagem
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Carros prestes a ser lançados, camuflados ou até sem maquiagem nenhuma, estão surgindo aos montes neste início de ano. E em locais tão movimentados que a mensagem fica clara: não há nenhuma intenção de esconder o produto. No mês passado, foi a vez do Volkswagen Nivus. Agora, circula por vários lugares da Grande São Paulo o novo Tracker, da Chevrolet.
O SUV chegará ao mercado em março completamente renovado. Feito no Brasil, trocará de plataforma e motores, oferecendo um pacote mais competitivo do que o modelo atual, mexicano. Após a produção de um vídeo nesta quinta-feira (6) na região do São Bernardo do Campo, flagrei, junto com a equipe que me acompanhava, um exemplar do novo Tracker circulando pela rodovia Anchieta.
O carro trazia camuflagem, mas deixava a grade frontal à mostra. O desenho é semelhante ao dos modelos com que compartilha plataforma, os novos Onix e Onix Plus. O novo Tracker pode ser visto, em todos os detalhes, em fotos já divulgadas pelo UOL Carros, sem nenhum disfarce.
No flagra, o video maker Leo Souza produziu um vídeo do novo Tracker. Ao perceber que estava sendo filmado, o motorista até ameaçou acelerar e se esquivar. Mas a reação durou segundos. Logo, já deu até uma desacelerada, facilitando a produção da imagem. E mostrando que, às vésperas de seu lançamento, o SUV quer mesmo é ser visto.
Novo Tracker traz duas versões de motores
O Tracker vendido no Brasil atualmente, importado do México, teve duas fases. Na primeira, usava um motor 1.8 aspirado. Em 2016, recebeu o 1.4 turbo com 154 cv e chegou com preço de R$ 80 mil.
Esse valor inicial é o estimado para a nova geração do Tracker. Porém, não para a versão com o propulsor mais forte. A partir de agora, o SUV da Chevrolet passa a trazer duas versões de motor.
O mais fraco será o 1.0 turbo de 116 cv das opções topo de linha da gama Onix. O outro é o inédito 1.2 turbo, com três cilindros. A potência ainda é um segredo. Há estimativas de que deverá ficar em torno de 135 cv, o que poderia ser uma desvantagem ante o 1.4 turbo no parâmetro desempenho.
Isso porque, além da potência inferior, o Tracker ficará um pouco maior e, eventualmente, mais pesado. No entanto, há também quem aposte que o 1.2 turbo conseguirá desenvolver cerca de 150 cv, ficando próximo ao número do 1.4.
Nacionalização permite ampliação da gama
O novo Tracker trará câmbio manual para a versão de entrada. O modelo atual tem apenas o automático de seis velocidades. Mesmo sem recolher impostos, a importação do México limitou bastante a gama do SUV.
Modelos trazidos do país da América do Norte têm condições de vir com preço competitivo. Porém, há limite de unidades importadas anualmente sem imposto. Além disso, fora do Brasil a estratégia de produção não tem como foco o nosso mercado. A subsidiária nacional era apenas uma cliente.
Com a nacionalização, a estratégia da Chevrolet passa a ser focada no Brasil - o modelo, feito em São Caetano do Sul, já começa a ser distribuído à rede. Isso permite a expansão das opções da gama.
Consequentemente, dá para esperar que o Tracker passe a fazer frente em vendas à Jeep Renegade, Nissan Kicks, Hyundai Creta, Volkswagen T-Cross e Honda HR-V. Esses modelos ocupam o posto de cinco SUVs compactos mais emplacados do Brasil e vêm se alternando na liderança.
Afinal, além de ter variedade da gama, o Tracker é o SUV compacto da montadora líder de vendas no País. A Chevrolet é a marca com o maior número de concessionárias e produz os atuais líder e vice-líder do mercado de carros, respectivamente Onix e Onix Plus.
Na geração atual, o Tracker não conseguiu ser um dos "grandes" no ranking de vendas. Entre 2017 e 2018, antes da chegada do T-Cross, chegou a ameaçar o Ford EcoSport, à época o quinto mais vendido.
Mas a ameaça não durou muito tempo e, em 2019, o Chevrolet teve dificuldades para se manter na lista dos dez mais emplacados. No ano passado, foi o 10º SUV compacto mais vendido no Brasil, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Plataforma modular permite adaptações
Para ganhar moral na briga com os "cinco grandes" SUVs compactos, o novo Tracker precisará ter mais que uma gama extensa. O principal desafio é crescer, especialmente em porta-malas.
Com exceção do T-Cross, que tem pouco menos de 400 litros, mas pode ultrapassar essa capacidade graças ao banco traseiro sobre trilhos, os demais modelos da lista dos mais vendidos trazem compartimentos acima desse volume. Porta-malas é um item determinante no segmento de SUVs.
O novo Tracker surgiu na China, mas seu desenvolvimento teve boa dose de participação de engenheiros brasileiros. Por lá, a capacidade do porta-malas ficou em 390 litros, ante os modestos 306 litros oferecidos pelo modelo atual.
Dá para esperar uma solução da GM do Brasil para ampliar a capacidade do porta-malas do novo Tracker? Sim. A Volkswagen fez adaptações para o T-Cross ficar mais generosos no compartimento de bagagens e também no entre-eixos, na comparação com o modelo europeu.
O novo Tracker usa a plataforma GEM, que assim como a MQB0 do T-Cross, é modular. Esse tipo de base permite ampla possibilidade de adaptações.
Lista de equipamentos será ampla
Os Chevrolet Onix e Onix Plus trazem uma lista ampla de equipamentos, dependendo da versão. É esperado o mesmo conteúdo no "irmão" de plataforma, o novo Tracker.
Entre os destaques haverá ar-condicionado digital e carregador de telefone celular por indução. O carro também trará sistema semiautônomo de assistência ao estacionamento.
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