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Primeira Classe

Honda WR-V 2021: o que nova versão do aventureiro tem de melhor e de pior

Colunista do UOL

12/10/2020 04h00

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O recém-lançado Volkswagen Nivus teve um bom início no mercado brasileiro, alcançando números relevantes de vendas. Um de seus principais concorrentes, o Honda WR-V, corre agora atrás do prejuízo e ganha mais armas para brigar com o novato.

Na linha 2021, o WR-V amenizou um de seus principais problemas, o polêmico visual da traseira. Ganhou também outras modificações no desenho e mais equipamentos. Melhorou bastante, mas manteve alguns velhos problemas.

Aqui, listei o que o renovado WR-V tem de pior. E também o que ele oferece de melhor.

O que o WR-V tem de melhor

A dirigibilidade continua sendo o ponto forte do WR-V. Sua direção tem uma das respostas mais precisas do segmento, junto com o irmão de plataforma HR-V. Essa característica, inclusive, é marca registrada da Honda. Feito sobre outra plataforma, o Civic também se destaca pelo prazer de dirigir.

O WR-V, construído sobre a base do Fit, tem um acerto um pouco diferente na suspensão traseira, com elementos do HR-V (que também usa a mesma plataforma). Chama a atenção a boa absorção dos impactos contra pisos imperfeitos.

O acabamento, apesar de bastante sóbrio, tem melhores encaixes e materiais um pouco superiores à média do segmento. Além disso, o carro não deixa a desejar em espaço interno. Apesar de os 2,55 metros serem inferiores aos de SUVs compactos mais vendidos, há bom aproveitamento da cabine, com túnel central quase plano na parte de trás.

Os preços ficaram interessantes quando comparados aos do principal concorrente, o Nivus. Isso ocorreu principalmente por causa de uma nova versão, LX, tabelada em R$ 83.400. O VW mais em conta, Comfortline, sai por R$ 87.350.

WR-V 1 - Murilo Góes/UOL - Murilo Góes/UOL
Frente ficou mais moderna com atualização no visual
Imagem: Murilo Góes/UOL
Mas vale ressaltar que, apesar do preço extra, o Nivus é mais bem equipado, moderno e tecnológico do que o WR-V. O que não nega o fato de que o consumidor tem a opção de, agora, gastar menos para levar o Honda, mesmo que o pacote seja inferior.

O design da traseira, que era bastante polêmico, melhorou bastante. Para tentar eliminar a sensação achatada, a Honda aumentou o para-choques, aplicou lanternas tridimensionais e sunstituiu a barra cromada do porta-malas por uma da cor da carroceria. O visual ficou mais bem resolvido.

O que o SUV tem de pior

A central multimídia é o que o novo WR-V tem de pior. Ela não mudou. Continua com visual antiquado, traz poucas funções e é lenta nas respostas. Parece ser recurso dos primeiros carros a trazer o sistema, ainda no início da década.

Além disso, a imagem da câmera de ré projetada na tela da central multimídia é muito escura. O WR-V ganhou itens que faziam bastante falta, como o ESP e o controle de tração. São equipamentos que não podem faltar nesse segmento.

Racebeu também hastes para troca de marchas atrás do volante. Porém, por ser novidade, poderia trazer um pacote bem melhor, principalmente porque foi isso que os concorrentes lançados recentemente fizeram.

Não há sistema de auxílio ao estacionamento nem carregador de celular por indução, como no novo Tracker. O carro da Honda também não traz controlador de velocidade adaptativo, a exemplo do Nivus.

Ficou ausente a frenagem autônoma de emergência, disponível nos outros dois novatos. Outro item que faz falta é a saída de ar-condicionado para os ocupantes do banco de trás.

O câmbio CVT não faz um bom casamento com o motor 1.5 de até 116 cv. Não dá para dizer que falta potência, pois o carro é bem leve, com pouco mais de 1.100 kg. Porém, a transmissão compromete as respostas. Falta agilidade em acelerações e retomadas.