Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Mercedes A 45 AMG é candidato a carro mais divertido à venda no Brasil
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Existem Porsches, Ferraris, Lamborghinis, etc. E há carros que foram criados para serem comuns, mas, após receberem preparação, se tornam uma fonte inesgotável de diversão. Desse grupo faz parte o Mercedes-AMG A 45, tradicionalmente conhecido como A 45 AMG.
A versão preparada do Classe A chegou em agosto do ano passado ao mercado brasileiro por R$ 434.900. Sete meses depois, o preço foi para... Bem, aumentou bastante: R$ 518.900.
Preço válido para um hatch médio de 421 cv, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, conforme informações da Mercedes-AMG? Cada um sabe o preço do seu sonho, mas o fato é que o A 45 é candidato a carro mais divertido à venda no Brasil.
Ele pode não ter a esportividade visceral de um Porsche 911, mas é um carro capaz de emocionar seu motorista e pelo menos três passageiros em uma viagem em família no fim de semana, por exemplo. Isso sem abrir mão das obrigações diárias: ir ao trabalho (em época sem home office), ao supermercado, ao shopping, à praia, etc.
Além disso, o A 45 é um dos poucos hatches médios com total preparação esportiva à venda no Brasil. Aliás, é um raro representante dessa categoria como um todo. O hatch médio é aquele carro que enche de alegria o coração do entusiasta, mas está cada vez mais raro no mercado nacional.
Mudança de geração e aptidões mais definidas
O antigo A 45 AMG era aquele carro difícil de usar no dia a dia. O problema? Ele batia em valetas e lombadas, mesmo quando se tomava muito cuidado na hora de passar. O para-choque batia. A parte de baixo do carro também - inclusive em garagens cuja entrada é uma descida em rampa.
Esse problema foi resolvido na nova geração, que, no modo confortável de condução, é bem dócil para usar no dia a dia. Não bate mais em obstáculos e garagens, e tem a suspensão suave o suficiente para não causar desconforto aos ocupantes. Até se sente o impacto com o piso, mas não de uma maneira incômoda.
A suspensão independente nas quatro rodas, no entanto, muda conforme o modo de condução selecionado. Vai ficando mais dura, menos dócil e segurando mais a carroceria do carro para que ele possa se sair bem em curvas e outras mudanças de trajetória, acelerações rápidas e alta velocidade.
Há o Sport, o Sport+ e o Race (corrida, em português), o mais esportivo. Essa função é para estradas cheias de curvas e subidas, que exigem um carro grudadinho no chão e muita força para retomar velocidade na saída dessas trajetórias.
E o A45 AMG vai muito bem nessas situações, com carroceria bem firme, sem o mínimo de rolagem, e uma retomada colossal de velocidade. As respostas da direção são muito diretas e o sistema quase não exige correções. Você aponta, ela responde.
A hora de acelerar forte é uma emoção só. Além dos 421 cv, o motor 2.0 com turbo e compressor entrega nada menos do que 51 mkgf de torque. Como ele tem compressor, a entrega da força máxima vem a apenas 5.000 rpm.
Na hora de começar a acelerar, nos primeiros milésimos de segundo ele até parece ser um carro normal. Parece, porque logo logo dispara à frente, causando incredulidade nos motoristas dos carros ao lado. Como pode um Mercedes-Benz Classe A ser assim tão rápido.
Há ainda um barulho de carro esportivo projetado na cabine, vindo do quatro-cilindros. Ele empolga bastante, embora claramente seja um pouco potencializado. E só se escuta esse ruído dentro do carro. Para quem está fora, nada de ronco. Mas quem importa é quem usa o veículo, né?
O carro tem tração nas quatro rodas e a força pode ser distribuída, inclusive, entre as duas de trás. Além de melhorar o desempenho em curvas, evita que o motorista "perca" a dianteira ou a traseira nas acelerações bem fortes. Extremamente rápido, o câmbio é automatizado de oito velocidades e duas embreagens.
A relação peso-potência do leve Mercedes-AMG A 45 é quase de carro superesportivo: 3,7 kg/cv. A velocidade máxima, de acordo com a montadora, é limitada eletronicamente a 270 km/h.
Quanto ao consumo, 85% do meu teste foi feito em circuito urbano. De acordo com o computador de bordo do carro, fiz 6,2 km/l.
O que o A 45 tem
Os bancos são bem ergonômicos para quem quer uma condução forte. Esportivos, têm apoio de cabeça integrado ao encosto e ótimo suporte lateral. Com eles, o motorista fica bem grudadinho no chão, mas há ajustes elétricos, inclusive de altura, para os mais baixinhos.
O volante é da divisão de preparação esportiva AMG, com base reta. O acabamento usa elementos de Alcântara, alumínio e couro, e portas de painéis podem ter suas ilumincação personalizada por meio de uma ampla paleta de cores.
Personalizável também é o painel de instrumentos virtual, com várias opções de grafismo e exibição. Sua tela tem 10" e é integrada à central, de mesma medida, do sistema multimídia MBUX. Com monitor sensível ao toque, esse recurso também traz a tecnologia de assistência artificial "Oi, Mercedes".
Por meio de comando de voz, esse sistema é capaz de executar algumas funções, como alterar músicas e estações de rádio, abrir a persiana do teto solar e mudar a temperatura e a iluminação da cabine.
As entradas USB são do tipo C. Mais rápidas para recarregar aparelhos eletrônicos que as do tipo A, são compatíveis apenas com smartphones mais modernos, como o Samsung Galaxy S21 e o iPhone 12.
Porém, o carro já vem com alguns adaptadores, para os smartphones mais antigos. E sabe o que faz falta? Um carregador de telefones por indução (sem fio). O novo Mercedes-Benz GLA, mais barato (R$ 325 mil), já oferece essa tecnologia.
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