Topo

Primeira Classe

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Jeep Compass 2022: pontos positivos e negativos do renovado líder de vendas

Rafaela Borges/UOL
Imagem: Rafaela Borges/UOL

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O Corolla Cross foi lançado há dois meses e obteve, no mês passado, mais de 2 mil emplacamentos. É a primeira vez desde o lançamento do Jeep Compass, em 2016, que um concorrente se aproxima tanto em vendas do líder dos SUVs médios - que somou pouco mais de 3 mil unidades comercializadas.

E em junho, chega mais um rival que promete dar trabalho ao modelo da Jeep: o Volkswagen Taos. De olho nesse cenário, o Compass não se acomodou e, antes do lançamento do VW, tomou um bom banho de loja para resolver suas maiores falhas.

A principal foi a troca do motor 2.0 flexível aspirado pelo 1.3 turbo, o que conseguiu eliminar os dois principais problemas que o carro tinha: alto consumo e baixa agilidade. Mas será que o Compass é agora é o SUV perfeito?

Ele ainda tem algumas falhas mas, no geral, as mudanças deixaram claro que Taos e Corolla Cross vão ter muito trabalho para enfrentar o líder. Aqui, listo os pontos positivos e negativos do novo Jeep Compass 2022 1.3 flex, que tem preços entre R$ 139.990 e R$ 194.244.

Pontos negativos

Vou começar pelas coisas que não são tão legais, pois a lista é pequena. Um problema que o Compass 2022 manteve foi a tampa interna de cobertura do porta-malas. É mal acabada e difícil de tirar e colocar. No processo, já cheguei até a machucar a mão.

Outro ponto negativo comum a todas as versões é o botão de ajuste dos apoios de cabeça dianteiros, pouco práticos. Atrás, há apenas uma entrada USB. O ideal seria o carro oferecer pelo menos duas. Ao menos, há uma entrada de 12V para recarga de aparelhos eletrônicos.

Jeep Compass 80 anos traseira - Rafaela Borges/UOL - Rafaela Borges/UOL
Imagem: Rafaela Borges/UOL
As demais falhas são específicas da série especial 80 Anos, que avaliei. Ela tem preço de R$ 162.990 em quase todo o País. No Estado de São Paulo, sai por R$ 168.412. Em ambos os casos, são cerca de R$ 8 mil a mais que a versão em que é baseada, Longitude.

Com toda essa diferença, alguns itens fazem falta. Os ajustes para o banco do motorista são manuais. Por esse preço, merecia um automático. Além disso, não há assistências como leitor de faixas, controlador de velocidade adaptativa e sensor de ponto cego.

O Taos Comfortline pode receber um pacote opcional que eleve seu preço a cerca de R$ 160 mil e traz essas tecnologias de segurança. Mas o carro da Volkswagen não tem teto solar panorâmico, que o Jeep oferece na série 80 anos - mas por mais de R$ 9 mil. No VW, o equipamento é opcional apenas no topo de linha Highline.

Pontos positivos

Com o novo motor 1.3 turbo de 185 cv e 27,6 mkgf, o consumo do Compass melhorou 26% na cidade e 56% na estrada, com etanol. O antigo 2.0 fazia do Jeep um dos carros quatro-cilindros com o maior consumo de combustível do Brasil.

Agora, na cidade, consegui a marca de 7,5 km/l de etanol. Na estrada, fiz até 11,7 km/l do mesmo combustível. Além disso, com 20 cv e 7,6 mkgf extras, o carro agora anda muito bem, especialmente nas retomadas de velocidade (para ultrapassagens e subidas, entre outras situações), que são muito eficientes.

Compass multimídia - Murilo Góes/UOL - Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL
O espaço interno, embora seja inferior ao do Taos, não deixa a desejar. Atrás, pessoas altas ficam bem acomodadas tanto em relação às pernas quanto à cabeça. O problemático porta-malas melhorou.

Antes, tinha 410 litros. Agora, a Jeep conseguiu deixá-lo mais fundo e a capacidade aumentou para 476 litros. Consegui acomodar as mesmas malas que já tinha colocado no compartimento do antigo Compass 2021 com menos dificuldades, e ainda sobrou bastante espaço.

A dirigibilidade, que sempre foi um ponto alto do Compass, merece destaque. É uma das melhores da categoria de SUVs médios. O carro também agora traz carregador de smartphones sem fio (por indução).

Além disso, na dianteira há duas entradas USB, uma do tipo A (compatível com maior número de aparelhos) e outra do tipo C (mais rápida). A central multimídia tem tela de 10", boa usabilidade, wi-fi a bordo e navegador GPS com mapa que pode ser ampliado como em smartphones. Além disso, é possível personalizar as telas.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O teto solar é opcional no Compass 80 anos, e não item de série, como havia sido informado anteriormente. A informação foi corrigida

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL